Crescimento do protagonismo feminino marca eleições do Sistema

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

“Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas entram, mudam a política”. Essa frase é da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet e se aplica à política, aos sindicatos e a outras tantas esferas, inclusive ao Sistema Confea/Crea e Mútua, que no último dia 1º realizou eleições gerais.  O resultado desse pleito mostra uma ampliação da participação feminina, foram eleitas seis presidentes de Crea, duas conselheiras federais titulares e duas conselheiras suplentes, além de cinco diretoras-gerais e seis diretoras-administrativas da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (Mútua).

De acordo com os números, a proporção de mulheres eleitas para presidente de Crea é maior do que a proporção de mulheres no Sistema, pois equivale a 22%. A proporção de mulheres registradas, conforme o SIC é de 18,7%, totalizando cerca de 182 mil mulheres de um total de 975 mil profissionais registrados no Sistema de Informações Confea/Crea (SIC), no início de novembro. 

Em 2019, apenas 12% de mulheres compunham o plenário dos 27 Creas. Com o resultado das eleições 2020, esse percentual subiu para 14%. Esse aumento da participação feminina vai ao encontro, ou até já seja reflexo do Programa Mulher lançado em 2019, que tem como objetivo fomentar a elaboração de políticas atrativas para mulheres engenheiras, agrônomas e da área das geociências dentro das diversas entidades de classe e Conselhos Regionais. Segundo a gerente de Relacionamentos Institucionais do Confea e idealizadora do Programa, eng. eletric. e seg. trab. Fabyola Resende, o Programa Mulher tem uma meta bem específica, de aumentar o número de mulheres em 10% nos plenários dos Creas em relação ao ano de 2018, conforme está previsto na Cartilha do Programa Mulher. . “Nossa profissão já é muito empoderadora, mas quando uma mulher ocupa o cargo de conselheira, coordenadora de Câmara, presidente de Crea, ela reforça esse protagonismo feminino dentro do Sistema”, acredita a gerente.

Considerada uma das prioridades em seu primeiro mandato, o presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, antecipa o que esperar dessa inciativa no próximo triênio: “O Comitê Gestor vai dar continuidade à segunda versão do Programa Mulher de maneira ainda mais robusta, trazendo um trabalho de pesquisa mais amplo, dados estatísticos e mapa da participação feminina. Assim esperamos ampliar as vozes e as ações das profissionais em nosso Sistema para que tenham o devido reconhecimento de sua atuação em prol de uma sociedade melhor”, anuncia o presidente do Conselho Federal.

Vale destacar que no mesmo ano de lançamento do Programa, foi realizado o 10º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), que apresentou resultados positivos em relação à renovação de participantes e a ampliação e atuação do número de mulheres no debate. Na edição realizada em 2019, dos 510 participantes, 120 eram mulheres, que estiveram atuantes, seja como delegadas ou como integrantes da mesa diretora dos grupos. Inclusive foi aprovada uma Proposta Nacional Sistematizada para que o Sistema Confea/Crea e Mútua fomente as entidades de classe para que elas promovam atividades profissionais acerca dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) (Agenda 2030 da ONU). Em relação a esses objetivos, o ODS 5 defende a implementação de práticas que promovam a igualdade de gênero, como as propostas pelo Programa Mulher. Com essas ações, o Sistema Confea/Crea trabalha no sentido de se tornar mais inclusivo e diverso, retratando os diversos perfis que compõem a nossa sociedade.

No último pleito, realizado em outubro de 2020, o número de mulheres presidentes de Crea aumentou em 50%, passando de 4 para 6, representando um aumento de 22,2%.

Fonte: Confea