Contra a Reforma Trabalhista, Engenheira Eugênia convoca para greve geral

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

Horas depois do expediente de trabalho. Imagine esse cenário todos os dias e, no final do mês, a folha de pagamento não contabiliza suas horas extras. Este já é um cenário comum no dia a dia do mundo do trabalho e que pode piorar muito com a Reforma Trabalhista. A flexibilização da jornada de trabalho surgiu nos anos 90, tempos de aprofundamento da lógica neoliberal no Brasil. Durante esse período, o banco de horas foi implementado como forma de instituir a compensação das horas, em vez do pagamento. “O banco de horas, na prática, é uma forma de estender a jornada de trabalho e ampliar o tempo de produção. Isso prejudica a saúde, o lazer e o descanso de trabalhadores, afetando diretamente as mulheres que acumulam jornadas de trabalho em suas casas”, contextualizou a diretora da mulher da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e engenheira química, Simone Baía. Com a Reforma Trabalhista, em tramitação no Senado Federal, as horas extras poderão ser negociadas por meio de acordo individual de trabalho e o trabalhador será obrigado a assinar, periodicamente, um recibo de quitação das horas. De acordo com Simone Baía, estas mudanças são retrocessos graves na legislação trabalhista. “Horas extras não devem entrar em negociação, muito menos em negociação individual que extingue a coletividade e a organização sindical. Um trabalhador em negociação com o patrão está em desvantagem por medo de demissão e poderá assinar termos de quitação que não correspondem à realidade das horas trabalhadas e o pagamento”, ela pontuou. Com o objetivo de alertar sobre os prejuízos da Reforma Trabalhista, o Coletivo de Mulheres da Fisenge lançou, no dia 22/6, a quarta história em quadrinhos sobre o tema. A personagem engenheira Eugênia alerta o colega de trabalho e convoca para a greve geral organizada pelas centrais sindicais, que será realizada no próximo dia 30/6. “É fundamental que os sindicatos mobilizem suas bases e homens e mulheres estejam presentes nas ruas contra as reformas trabalhista e previdenciária”, convocou Simone Baía.