Não à privatização do setor elétrico. Esta foi a principal reivindicação dos movimentos social e sindical durante a reunião com os ministros Jacques Wagner, da Casa Civil, e Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, realizada no dia 19/1, em Brasília. De acordo com o diretor de negociação coletiva da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Ulisses Kaniak, um dos representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) na reunião, os ministros se comprometeram a apresentar a pauta à presidenta Dilma Rousseff. “Esta foi uma importante abertura de diálogo entre o governo e as entidades, graças à mobilização dos trabalhadores”, afirmou Ulisses. As manifestações populares ocorrem desde o ano passado com o anúncio da venda da distribuidora Celg, em Goiás, com leilão previsto para março, além de indicativo da Eletrobrás para venda de outras seis distribuidoras federalizadas.
Outra ameaça ao setor elétrico é a abertura de capital de Furnas, que dá claros indícios de ser uma tentativa de privatização. “Quando eleito, o governo federal tinha uma pauta clara contra as privatizações e, agora, provoca uma agenda que atenta ao patrimônio público, um verdadeiro retrocesso. Lutaremos pelo fortalecimento do setor elétrico estatal e público. A privatização significa demissão em massa, precarização do trabalho, aumento das tarifas e a lógica da energia como mercadoria. E a esse processo dizemos não!”, enfatizou Ulisses. Ao final da reunião, os ministros também se comprometeram com uma resposta em nova reunião no dia 27/1, data na qual movimentos, organizações, entidades ao lado da Frente Brasil Popular irão realizar um ato nacional, em Brasília e nas capitais onde há sedes das empresas do Sistema Eletrobras. Também participaram do encontro o deputado federal, Rubens Otoni (PT-GO); representantes da CUT-GO, do MST, da FNU, do MTST, do STIUEG, da CTB-GO, do Senge-GO e o representante dos trabalhadores das distribuidoras de energia elétrica.
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