Nesta segunda-feira (17/8), foi realizado o XVI Congresso Estadual do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Rondônia (Coesenge) com o tema “O futuro do trabalho e as novas formas de contratação”. Com mais de 40 participantes em plataforma virtual, o evento contou com palestra do engenheiro civil e presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Clovis Nascimento, que fez uma retrospectiva da retirada de direitos trabalhistas e sociais desde 2015. “Após o golpe ao mandato da presidente Dilma Rousseuff, a primeira atitude do governo de Michel Temer foi aprovar a Emenda Constitucional 95 que congela os investimentos em saúde, educação e assistência social, além de travar a economia. Hoje, com a pandemia do Covid-19, a população brasileira, principalmente, a mais pobre, sofre com a falta de políticas públicas”, destacou Clovis, que ainda alertou sobre as mudanças no mundo do trabalho: “logo em seguida, tivemos uma Reforma Trabalhista que ampliou a informalidade e o desemprego e agora na pandemia temos uma lei que permite a redução de salários e a suspensão de contrato de trabalho e todo esse cenário afeta diretamente a engenharia”.
O engenheiro e presidente do Senge-RO, Ildefonso Madruga enfatizou a importância da valorização dos profissionais da engenharia no atual contexto político. “Os participantes tiveram a oportunidade ímpar de participar e refletir sobre as questões que estão nos afetando diariamente com a perda de direitos e com o desmonte do Estado brasileiro. Precisamos pensar, refletir e discutir alternativas e caminhos com foco na engenharia e nos profissionais, considerando o momento delicado que vivemos com esse infeliz desgoverno diante da pandemia”, disse.
Clovis encerrou destacando a importância da engenharia brasileira na economia e no desenvolvimento social. “Lutar pela engenharia nacional significa lutar por um projeto de distribuição de renda e investimentos em infraestrutura. Defendemos a regulamentação de nossas profissões com o foco na proteção da sociedade. Para além disso, precisamos superar o discurso de negação da política. Participar da política significa participar dos destinos do país, dos estados e dos municípios. E a engenharia tem muito a contribuir com o Brasil”, finalizou.
O evento também contou com a participação do presidente do Sindur e vice-presidente da FNU, Nailor Guimarães Gato; do presidente do Crea-RO, Rafael Macêdo; do presidente do Ibape, Joel Magalhães; da secretária de mulheres do Sindur, Luzanira Morais de Souza; do presidente do Senge Jovem de RO, Thiago Ramos; da representante do Coletivo de Mulheres da Fisenge, Taís Iamazaki, do Presidente licenciado do CREA-RO, Carlos Xavier, do Secretário de Formação e Estudos Socioeconômicos do SINDUR, Inácio Azevedo da Silva, do Secretário de Política de Energia do SINDUR, José Gilson Queiroz Silva, do Secretário de Políticas Sindicais e Sociais do SINDUR, Grinelson Oliveira Bastos, do professor doutor, chefe do Departamento Acadêmico de Engenharia Elétrica da UNIR, Carlos Alberto Tenório, da Dirigente de Base do SINDUR, Daiane Barroso Inhaquites, do professor doutor, Diretor do Núcleo de Tecnologia da UNIR, Petrus Luiz de Luna Pequeno, do Dirigente de Base do SINDUR, Orlando Francisco de Souza, da professora Coordenadora das Engenharias da UNIRON, Kênia Paixão e do Conselheiro Regional do CREA-RO e Coordenador da Câmara Nacional de Agronomia do Confea, Tiago Castro.
Sobre o 12º Consenge
O 12º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge) acontecerá em duas etapas (virtual e presencial), devido às restrições impostas pela Covid-19. A etapa virtual ocorrerá no dia 12 de setembro de 2020 em plataforma virtual Zoom e elegerá a nova diretoria da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros). A etapa presencial acontecerá entre os dias 24 e 26 de junho, a depender das orientações sanitárias das autoridades públicas.