Aconteceu em Manaus, no dia 16/3, a abertura do Seminário de Planejamento do ACT 2016 do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE). O evento tem por objetivo alinhar as expectativas das categorias que compõem o setor elétrico e a construção de uma pauta unificada para reivindicações junto às empresas do sistema Eletrobras.
A primeira palestra do seminário foi “Análise de Conjuntura Econômica e Política”, ministrada por Jacy Afonso de Melo, Secretário de Organização da CUT Nacional de 2009 a 2015, que começou falando que “hoje está difícil de fazer uma análise da conjuntura, pois vivemos em um momento de grandes dificuldades, com cada dia diferente e muitas mudanças no que estamos discutindo. Ele acrescentou que “isto significa que a direção da entidade precisa estar muito sintonizada tanto com os sindicatos quanto com a categoria”. E ainda alertou que o movimento sindical deve mudar a postura, tornando-se proativo e mais habilitado no debate do dia a dia do setor elétrico.
A segunda palestra do dia foi sobre “Setor Elétrico como vetor de desenvolvimento nacional”, ministrada pelo professor Dorival Gonçalves. Ele levou em consideração que é necessário haver uma reorganização no modelo de luta sindical. Ele afirma ainda que “o grande desafio do setor elétrico está em nós, como trabalhadores, nos conscientizarmos da forma organizacional que está vigente no país”. E esta estrutura organizacional hoje se dá de uma forma que as empresas conseguem com que seus interesses sejam garantidos sobrepondo aos interesses gerais da sociedade.
Quando aberto momento de questionamentos e complementos para a audiência, três aspectos foram citados. O primeiro é que hoje vive-se em um momento de grande instabilidade política e econômica, então para conseguir sair com resultados positivos, é necessário a união de forças, a fim de combater a crise, que é um inimigo maior, inclusive porque ela não foi gerada pelo setor elétrico.
O segundo item bastante citado foi que o movimento sindical ganhou novo fôlego com a entrada do ex-presidente Lula como Ministro da Casa Civil. Como lembrou Paulo de Tarso, do CNU, “estamos entrando num momento de campanha de cabeça erguida e precisamos defender o projeto melhor para o Brasil, o país das conquistas sociais, que distribui renda”. Ele ainda diz que “precisamos acrescentar itens mais substanciais à briga banal pela garantia da hora extra ou de abono, ou seja, precisamos estar também com um pé dentro do Congresso Nacional para lutar pelo que queremos”.
E o terceiro ponto foi a bandeira contra a privatização como ponto principal da pauta de reivindicações.
Fonte: Andrea Scarcela (Senge-PE)