Com o novo leilão, empresas estrangeiras já têm 75% das reservas do pré-sal

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Dos quatro blocos oferecidos nesta sexta-feira (28), Chevron e Shell levaram o mais valioso, na Bacia de Santos.

Todos os quatro blocos para exploração do pré-sal ofertados pela ANP no leilão desta sexta-feira foram arrematados em questão de minutos. A britânica Shell e a norte-americana Chevron levaram sozinhas o bloco de Saturno, na Bacia de Santos, o mais valioso, com reservas estimadas em 8,3 bilhões de barris de petróleo. A ExxonMobil (EUA), a BP (Reino Unido), a CNOOC (China), a QPI (Catar) e a Ecopetrol (Colômbia) dividiram os outros dois blocos da Bacia de Santos (Titã e Pau Brasil), enquanto a Petrobras se contentou com o bloco de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, o menos disputado.
 
Essa foi a quinta rodada de licitação de partilha da produção de petróleo em áreas do pré-sal realizado pelo governo Temer em dois anos. Neste curto espaço de tempo, as petrolíferas estrangeiras abocanharam a maior parte das reservas do Pré-Sal brasileiro que foram licitadas. Ao todo, 13 multinacionais já se apropriaram de reservas equivalentes a 38,8 bilhões de barris de petróleo, de um total de 51,83 bilhões de barris que foram leiloados.  Juntas, essas empresas concentram 75% das reservas, onde são operadoras em seis dos 14 blocos licitados. As britânicas Shell e BP já controlam 13,5 bilhões de barris de petróleo em reservas do pré-sal. Mais do que a própria Petrobras, que detém 13,03 bilhões de barris em campos leiloados nas cinco rodadas da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). 
 
O preço médio pago por cada barril do pré-sal leiloado foi de apenas R$ 0,34. Para chegar neste valor, basta fazer a equivalência entre os R$ 6,82 bilhões que o governo arrecadou em bônus de assinatura e o valor atual do barril de petróleo.  

 
 
Petroleiros protestam
 
A FUP e seus sindicatos realizaram manifestações em frente às sedes da  ANP, no Rio de Janeiro, e da Petrobras, na avenida Paulista (SP), além de atos e mobilizações nas bases da petrolífera brasileira. Na última terça-feira (25), a FUP também ingressou com uma Ação Civil Pública, tentando a suspensão da 5ª Rodada.

Fonte: CUT
Foto: Tânia Rego/AgênciaBrasil