Coletivo de Mulheres da Fisenge presta solidariedade à deputada Marussa Boldrin

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“O pessoal é político”, afirma a premissa feminista que faz muitas mulheres romperem o silêncio diante de situações de violências em suas vidas privadas. Foi o que fez a engenheira agrônoma e deputada federal, Marussa Boldrin, ao denunciar as agressões físicas e psicológicas sofridas ao longo de seu casamento. “Não quero mais carregar essa dor calada. Não quero mais fingir que está tudo bem. Não aceito mais ser abusada, nem física, nem moral, nem psicologicamente. Hoje, eu começo a escrever um novo capítulo da minha vida. Um capítulo de cura, de força, de dignidade. Por mim. Pelos meus filhos. Por todas nós”, escreveu Marussa Boldrin em suas redes sociais. A parlamentar relatou que o ex-marido a espancou e ignorava suas conquistas, uma vez que sequer compareceu à cerimônia de posse do mandato de Marussa.

O Coletivo de Mulheres da FISENGE (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros) presta toda solidariedade à engenheira e deputada Marussa Boldrin e afirma que diante de violências, as profissionais podem recorrer aos sindicatos de engenheiros dos seus estados como forma de orientação, prestação de assessoria jurídica e, principalmente, formação e fortalecimento de rede. Mulheres em situação de violência precisam de redes de apoio, uma vez que a sociedade patriarcal impõe julgamento e punitivismo como podemos observar na nota divulgada pelo ex-marido de Marussa que a culpa por “descumprimento de deveres conjugais”. Além de retrocesso na luta pelos direitos e pela vida das mulheres, tal afirmação vai contra a legislação brasileira que já tem avanços como a Lei Maria da Penha.

Nesse sentido, relembramos a histórica frase de Audre Lorde “o silêncio não irá te proteger”. Em caso de violência, denuncie.

Coletivo de Mulheres da Fisenge

Rio de Janeiro, 30 de abril de 2025

 

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados