As engenheiras do Coletivo de Mulheres da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros) lançaram duas propostas de cláusulas sobre combate à violência doméstica para os acordos coletivos. De acordo com a engenheira civil e Diretora da Mulher da Fisenge, Eloísa Moraes, é fundamental que os locais de trabalho promovam ações e campanhas elucidativas sobre o fim da violência doméstica e contribuam para uma cultura de não violência às mulheres. “Outro objetivo é também estimular a organização sindical sobre debate de gênero, para que as entidades sejam mais acolhedoras e compreendam que a pauta das mulheres é transversal nas negociações. Já conquistamos direitos fundamentais, como a licença-maternidade, mas é preciso que avancemos no combate à violência contra a mulher”, afirmou.
Eloísa ainda destacou que as cláusulas foram inspiradas pela campanha do “Sinal Vermelho” criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). O sinal “X” feito com batom vermelho (ou qualquer outro material) na palma da mão ou em um todas de papel, o que for mais fácil, permite que a pessoa que atende em estabelecimentos comerciais ou mesmo em espaços públicos reconheça que aquela mulher foi vítima de violência doméstica e, assim, promova o acionamento da Polícia Militar. Em muitos municípios e estados, a campanha se tornou fruto de projeto de lei e vigora como legislação.
Conheça as cláusulas
Que as empresas promovam internamente campanhas, por meio de cartazes, endomarketing e mensagens eletrônicas, sobre a campanha Sinal Vermelho
Que as empresas promovam, em parceria com os sindicatos, palestras sobre direitos das mulheres, combate à violência doméstica e como atuar na campanha “Sinal Vermelho”