Na quinta-feira (9/2), representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), do qual a Fisenge faz parte, foram recebidos pelo ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira. A atividade aconteceu após a realização de panfletagens, em frente ao Ministério, com denúncias sobre a situação da Eletrobras pós-privatização.
Na reunião, os eletricitários e eletricitários apresentaram uma série de ilegalidades no processo de desestatização da Eletrobras. Destacaram que a estatal foi entregue ao mesmo grupo responsável por “quebrar” as Lojas Americanas. Para o Coletivo, é urgente uma intervenção do governo e, especialmente, do MME “para que não ocorra o mesmo com a maior empresa de energia elétrica da América Latina”, ressalta o CNE.
Silveira mencionou que o modelo utilizado para privatizar a Eletrobras foi desvantajoso para o Estado brasileiro e que não se opõe de à reestatização da Eletrobras se essa for a decisão do Governo Lula. O ministro, ao afirmar que possui um perfil conciliador e que o interesse público será sempre defendido por ele, disse que o MME está de portas abertas para tratar questões estruturais do setor elétrico, a exemplo do CEPEL, Candiota, programas governamentais, Eletrobras, entre outros.
O CNE entende que é fundamental estabelecer um diálogo permanente entre o Ministério e os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras para garantir a fortalecimento do setor e assegurar uma política de defesa da categoria eletricitária, ao contrário do que vem ocorrendo na empresa, como as demissões de trabalhadores altamente capacitados, que pode provocar insegurança ao sistema energético brasileiro.
O Coletivo Nacional dos Eletricitarios congrega 34 sindicatos, 4 associações e 7 federações.
Foto: Arquivo/Salve Energia