Colégio de Entidades Nacionais aprova moções em defesa dos Conselhos Profissionais, da Petrobras e da Amazônia

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

Na manhã desta segunda-feira (16/9), durante a reunião do Colégio de Entidades Nacionais (CDEN), foram aprovadas três moções, em Palmas (TO). Entre os temas estão a PEC 108/2019 que poderá desregulamentar as profissões; a defesa da Petrobras e da soberania nacional; e a defesa da Amazônia, do cerrado e dos povos tradicionais. Estiveram presentes o engenheiro civil e presidente da Fisenge, Clovis Nascimento e o engenheiro civil e vice-presidente da Fisenge, Ubiratan Félix.

De acordo com Clovis, que apresentou as moções, o CDEN é uma instância consultiva do Confea, que aponta posições políticas fundamentais para as profissões tecnológicas e o país. “Por trás da PEC 108, há interesses do governo em facilitar a invasão de empresas estrangeiras sem qualquer regulação. Somos contra a xenofobia e políticas antimigratórias. No entanto, defendemos uma política de reciprocidade entre os países, sob pena do Brasil se tornar subserviente tecnológico e o nosso país nada deve em engenharia, conhecimento, ciência, tecnologia e pesquisa”, alertou Clovis, que acrescentou: “a desregulamentação das profissões prejudica não apenas os engenheiros como toda a sociedade, que ficará desamparada”.

Com a presença de presidentes de entidades nacionais, a reunião do CDEN também aprovou uma moção de defesa da Petrobras que defende, essencialmente, a política de conteúdo local para o desenvolvimento da engenharia e de setores como o naval, a construção civil, de equipamentos, entre outros. “A Petrobras é um pilar fundamental da soberania nacional, uma vez que produz tecnologia própria para pesquisa, produção e refino de petróleo, bem essencial para a disputa geopolítica internacional”, destacou Clovis.

Outro item aprovado foi um texto em defesa da Amazônia, do cerrado e dos povos tradicionais. A 76ª Semana Oficial de Engenharia e Agronomia (SOEA) acontece, este ano, no Centro-Oeste, que ocupa a 2ª posição de elevação incêndios florestais, apresentando crescimento de 100% do número de focos no comparativo com dados de 2018, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A região possui majoritariamente cerrado. “É preciso afirmar a Amazônia, o cerrado e a caatinga como patrimônios públicos brasileiros, e não admitir a mercantilização e intervenção internacional em nossas florestas, águas, terras e soberania nacional. Estes recursos naturais são estratégicos para a soberania, o bem-viver, a agricultura familiar e a soberania dos povos”, disse Ubiratan.

As moções aprovadas seguirão para o 10º Congresso Nacional de Profissionais (CNP) que acontecerá entre os dias 19 e 21 de setembro.

Texto e fotos: Camila Marins/Fisenge