Próximo ato será em Recife, em frente à Chesf, no dia primeiro de novembro
Lutar e resistir. Essa tem sido a tônica das entidades sindicais que compõem o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) contra a privatização das empresas do grupo Eletrobras. Na manhã desta quinta-feira (27), em Brasília, a categoria eletricitária realizou ato em frente ao Ministério de Minas e Energia com a participação da deputada Érika Kokay (PT-DF), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Luta Pela Terra (MLT), Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e da Frente Brasil Popular.
Atos contra os ataques ao setor elétrico já foram realizados no Rio de Janeiro, em frente à sede da Eletrobras, e em Florianópolis, em frente à sede da Eletrosul. O próximo será em Recife, em frente à sede da Chesf, no dia primeiro de novembro.
As manifestações em defesa do setor elétrico e dos direitos e conquistas sociais fazem parte do calendário de lutas do CNE. Os atos visam ainda denunciar os ataques contra os eletricitários pelo governo ilegítimo de Michel Temer, que conseguiu aprovar na Câmara e no Senado a MP 735/16, que entre outras coisas, permite a demissão imediata de 30% dos trabalhadores das empresas que forem privatizadas. Após dois anos, todos os outros empregados poderão ser demitidos.
Esse projeto privatista e de ataque aos direitos trabalhistas e sociais pelo governo Temer visa ainda ampliar a terceirização irrestrita no setor e consolidar aumentos abusivos na conta de luz das famílias. Esse é um dos momentos mais graves por que passa o setor elétrico. As ameaças que estão colocadas fazem parte de retrocessos que jamais foram vistos. Nem durante a ditadura os militares ousaram praticar tantas maldades.
Para que a resistência contra esses ataques seja efetiva, só resta o engajamento e a participação da categoria nos atos, fortalecendo a luta e a mobilização. Não há outra saída. Ou lutamos agora, ou assistiremos inertes o atropelo do governo Temer com demissões em massa e passando por cima de todos os nossos direitos.
Junte-se a nós, participe dos atos contra a privatização e a retirada de direitos. Essas manifestações que estão acontecendo em várias cidades também são prévias para a greve geral que está sendo planejada para novembro. Ajude a construir essa unidade. Só a classe trabalhadora unida conseguirá conter a sanha desse governo ilegítimo, sedento por destruir o patrimônio público e todas as conquistas dos trabalhadores.
Fonte: CNE