Cemig: Reunião tem apresentação de definições para discussão da PLR

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Mais uma reunião para discutir a PLR foi realizada entre os sindicatos representantes dos trabalhadores e a Cemig, no dia 7 de julho. Na ocasião, a empresa apresentou algumas definições do que é e de como deve ser encarada a Participação nos Lucros e/ou Resultados. Os representantes da Companhia ressaltaram que a PLR não tem caráter de habitualidade, pois se tivesse seria considerada como abono. A empresa bateu várias vezes nesta tecla, dizendo que a PLR é uma remuneração variável, sem caráter habitual.

Em sua apresentação, os representantes da Cemig enfatizaram que a PLR não pode ser considerada como custo para a empresa, mas sim como fator de competitividade e aprimoramento da Companhia e dos trabalhadores. De acordo com a apresentação, a Cemig propõe que sejam considerados 10 indicadores para a PLR – 5 indicadores gerais e 5 indicadores específicos. No entanto, em 2015 não serão discutidos os indicadores específicos por gerência. Serão discutidos apenas os indicadores gerais. E a Cemig concorda que os trabalhadores devem ter conhecimento desses indicadores e do impacto que seu trabalho tem sobre eles.

O diretor do Senge-MG e trabalhador da Cemig, Welhiton Silva representou o Sindicato de Engenheiro no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) na reunião.

Dieese

A subseção do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do sindicato de base dos eletricitários, Sindieletro-MG, também fez apresentação sobre a PLR na reunião do dia 7/7, falando sobre os “Princípios para uma PLR justa”.

O Departamento mostrou, com base dos dados da própria Cemig (Balanço Social Consolidado) que a diferença entre a maior e a menor remuneração dentro da empresa tem aumentado nos últimos anos. Em 2010, o maior salário correspondia a 18,12 vezes o menor salário; em 2014, essa relação passou para 32,26 vezes, mostrando que o abismo salarial só aumentou. O Dieese reclamou, ainda, que os dados divulgados são incompletos e geram dúvida para quem analisa.

Na apresentação, o técnico da Subseção do Dieese, também questionou a falácia de que a PLR é uma remuneração/prêmio, medida de acordo com o que o trabalhador entrega. De acordo com a apresentação, essa medida é impossível de mensurar, o valor é criado coletivamente. A PLR também não deveria ser tida como ferramenta de retenção de talentos; o certo seria ter um plano de carreira consistente, um ambiente de trabalho saudável e uma política de remuneração justa.

De acordo com o Dieese, “a distribuição da PLR deve estimular o engajamento do conjunto da força de trabalho e não deve ser vista como uma fonte de privilégios para poucos”.

Cemig e entidades sindicais apresentaram definições importantes para o início da discussão da PLR, em reunião realizada em 7/7/15.

 

Fonte: Senge-MG