Em ofício, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) negou o direito de representação sindical de engenheiros nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Conforme acordo em mesa no Ministério Público do Trabalho (MPT) com a participação da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e o Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG), a empresa teria que apresentar uma resposta até o dia 23/11. Na audiência, realizada no Rio de Janeiro, o MPT reiterou o reconhecimento do direito dos trabalhadores à representação pelas entidades de suas categorias nas negociações. De acordo com o documento da empresa: “apenas 177 são engenheiros, não justificando a realização de negociação específica para essa categoria, nem tampouco a inserção desse sindicato na Mesa de Negociações do Acordo Coletivo, devido à sua especificidade”. No entanto, segundo o secretário-geral da Fisenge, Fernando Jogaib, esta é uma demanda da base, justamente para atender às pautas específicas. “Os engenheiros reivindicam a participação das entidades sindicais da categoria. A CBTU, em uma posição autoritária, nega um direito de representação, configurando clara prática antissindical”, afirmou. A Fisenge e o Senge-MG irão recorrer na Justiça.