A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) segue intransigente na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa faltou a uma reunião que deveria ter acontecido no dia 11 de julho e em ofício aos sindicatos comunicou: “nesta oportunidade, convocamos reunião para dia 17/07/2023, às 10h, objetivando-se prosseguir nossa rodada de negociação, ocasião em que apresentaremos a proposta da CBTU, com amparo nos direcionamentos recebidos dos órgãos supervisores e, também, considerando o contingenciamento orçamentário que sofreu a Companhia no último mês”.
A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) participa da negociação e luta pelo cumprimento do Salário Mínimo Profissional. O engenheiro e diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Pernambuco (Senge-PE) representa a Fisenge nas rodadas. “Esperamos respeito ao movimento sindical e a solicitação de reabertura das negociações com uma proposta formal por parte da empresa”, disse o engenheiro.
Após paralisação de 24 horas do metrô do Recife, metroviários e CBTU seguem em negociação. Além da luta pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, as categorias lutam contra a privatização do sistema.
Confira abaixo o boletim unificado das entidades sindicais
No dia 11 de julho de 2023, às 10h, na sede da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), e, Recife (PE), os representantes da categoria de engenheiros e metroferroviária se reuniram com a bancada de negociação da empresa. Com fulcro na ata da terceira rodada de negociação, ocorrida no dia 19 de junho de 2023, as negociações estavam encerradas, devendo os sindicatos apresentarem a pauta e a CBTU levaria as demandas para apreciação da SEST.
Assim como programado, todos os sindicatos apresentaram, em sede de assembleia, a minuta do pretendido acordo coletivo, que foi amplamente divulgado e aprovado em algumas unidades. E, no dia hoje, como deveria ser o fluxo natural, os sindicatos iriam assinar oficialmente o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), tendo em vista que nada foi informado oficialmente aos sindicatos sobre a apreciação da SEST.
Deve-se lembrar que, no dia 04 de julho, foi realizada a reunião da CBTU com a SEST para dar o referendo sobre o tema e, absolutamente nada foi repassado para os sindicatos. Diante do silêncio ensurdecedor quanto a essa reunião entre a SEST e CBTU, instalou-se ansiedade e apavoramento em todos os empregados, tendo em vista que, depois de anos de duras penas impostas aos direitos dos trabalhadores, teríamos um ACT digno. Tal expectativa se agrava drasticamente quando, de forma irresponsável, o Diretor-Presidente prometeu, de forma pública, aos empregados da operação da CBTU-REC que seria concedido o piso salarial, correspondente ao nível 115 (sistema 2 –ASM do PES) para tais e que, inclusive, já havia viabilizado a dotação orçamentária para tal feito.
Buscando a transparência devida que os trabalhadores merecem, os sindicatos, mediante as condições apresentadas e depois de já ter tido a aprovação da categoria, solicitaram que a empresa pedisse de forma oficial para reabrir as negociações, explicitando os motivos pelos quais levaram as negativas dos pleitos e, na oportunidade, já apresentar uma contraproposta para ser apreciada pela categoria.
A fundamentação lógica do pedido da formalização é que, até o atual momento, nem os representantes dos empregados sabem o que objetivamente foi negado, mantendo-se na escuridão das informações e sendo pressionados pela base por não terem as informações devidas sobre o assunto.
É inadmissível que, em uma conjuntura tão delicada, os sindicatos e os próprios empregados sejam tão desrespeitados. Tantas promessas e acordos sendo rompidos sem uma justificativa digna para acalmar os corações da categoria que vem se mostrando eufórica e ansiosa mediante ao prometido.
Enfatiza-se que o sindicato não se nega a negociar! Mas, por óbvio, se quer que siga as devidas formalidades. Se houve negação das cláusulas, não seria correto que a empresa, de forma antecipada, informasse quais foram negadas ou se foram todas? E se negou, qual o motivo? E se, nada que foi prometido não será mais cumprido, não seria o correto apresentar uma nova proposta para que, O FÓRUM COMPETENTE, que é a categoria metroferroviária avalie a real situação?
Por óbvio, os sindicatos são porta-vozes da soberania da categoria. Sendo assim, são os empregados que detém o poder de decidir o futuro dessa negociação: se voltamos a discutir às cláusulas tão prometidas pela bancada empresarial ou se encaminharemos para outras medidas cabíveis.
Diante de tudo que foi apresentado, a união dos sindicatos metroferroviários reafirmam o compromisso na luta dos direitos dos empregados e que, após a formalização por parte da empresa, se reunirá com suas bases para que sejam discutidos os próximos encaminhamentos tangíveis ao ACT 2023/2024.
Tudo que pedimos e esperamos é respeito e transparência quanto aos nossos anseios!
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS METROVIÁRIAS E CONEXOS DE PERNAMBUCO
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS DA ZONA DA CENTRAL DO BRASIL
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS DO RIO DE JANEIRO
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS DO NORDESTE
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS NO ESTADO DA PARAÍBA
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS NO ESTADO DE ALAGOAS
FENAMETRO
FISENGE