Foi realizada ontem (17/5), em Belo Horizonte (MG), assembleia de engenheiras e engenheiros da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Em pauta, a contraproposta da empresa sobre as reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2017, apresentada na segunda rodada de negociações, no dia 11 (leia aqui).
Segundo o engenheiro Ricardo dos Santos Soares, diretor do Senge-MG e representante da Fisenge na assembleia, os trabalhadores concordaram com a maior parte das resoluções da segunda rodada. Sobre a negativa de inclusão do Salário Mínimo Profissional (Lei 4.950-A/66) em início de carreira, os trabalhadores entenderam, apesar do aceite, que a pauta deve continuar forte em outras instâncias de negociação na CBTU, principalmente na avaliação do novo Plano de Emprego e Salário (PES) e nas mesas permanentes realizadas durante todo o ano. Em relação à cláusula de garantia de emprego, outro ponto da pauta negado pela CBTU, os trabalhadores aceitaram com a garantia de cumprimento ao já disposto na CLT. “Houve a reafirmação da necessidade da Fisenge estar presente nas negociações da categoria, fortalecendo a defesa das pautas específicas dos engenheiros e, principalmente, do salário mínimo profissional”, afirmou Ricardo.
A Fisenge encaminhou ofício à diretoria da CBTU solicitando a terceira rodada de negociação ainda esta semana. Entre os pontos pendentes está a reivindicação da paridade salarial com a aposentadoria, garantindo a complementação da diferença entre o valor pago pelo INSS e a remuneração do cargo correspondente na empresa. O percentual de reajuste salarial também continua em aberto, com deliberação de que a categoria dos engenheiros acompanhará a decisão das categorias de base, que também estão realizando assembleias para discutir a contraproposta da companhia.