O tuitaço contra a privatização da empresa mobilizou entidades e parlamentares de diferentes partidos, em torno da #MpdoApagão.
O tuitaço contra a privatização da Eletrobras, realizado na última quinta-feira (6), alcançou cerca de 43 mil tuítes e mobilizou entidades e parlamentares de diferentes partidos. Com a #MpdoApagão, a ação envolveu a publicação de forma compartilhada, pelo país, das muitas razões para defender a estatal.
O deputado João Daniel (PT-SE) ressaltou a existência de suspeitas de irregularidades no processo, lembrando a declação do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que denunciou uma manobra para beneficiar os atuais acionistas minoritários da Eletrobras. O favorecimento seria feito por meio da inclusão de Tucuruí na MP1031/21, medida que deveria ser investigada pelos órgãos de controle.
A privatização da maior empresa de energia elétrica da América Latina pode criar oligopólio privado e manipular as tarifas do mercado de energia, afirmou a deputada Marilia Arraes (PT-PE), lembrando que a Aneel estimou que o aumento chegaria a 17% em iniciativas passadas.
O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), líder da minoria na Câmara, tuitou que o apagão no Amapá é a prova de que a privatização do setor elétrico significa contas mais caras e serviço ruim. Freixo ressaltou que foi a empresa estatal que resolveu o problema causado pela empresa privada no caso do apagão do Amapá. A “energia é vital e proporciona serviços essenciais”, escreveu o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ).
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que apoiou o movimento, alertou que Paulo Guedes quer usar a privatização da Eletrobras como moeda de troca para estender o auxílio emergencial. A estratégia de Guedes é colocar a população mais uma vez contra as estatais. O ministro faz isso ao condicionar o “alimento na mesa” em troca do desmonte estatal. “Estamos de olho dia e noite na obstrução da MP do Apagão; não à privatização! Energia é essencial!” afirmou a deputada federal Jandira Feghali. Ela criticou a tentativa do governo pautar a privatização, sem discussão na casa e com a sociedade que será impactada.
A aprovação da MP 1031/21, entregue pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso em fevereiro, precisa ser votada até 22 de junho. Para Tiago Vergara, do Coletivo Nacional dos Eletricitários- CNE o crescimento da resistência ao processo de privatização, se dá pela compreensão da sociedade dos efeitos negativos que recairão sobre as pessoas. Estas consequências são o aumento da conta de luz, a possibilidade de apagões e estragos ao meio ambiente. Além disso, há um esforço de apuração dos aspectos suspeitos do proceso. “Estamos apurando irregularidades cometidas pelos privatistas e iremos mostrar para o povo brasileiro.”
Para Nailor Gato, coordenador do Coletivo Nacional dos Eletricitários, a prioridade do governo deveria ser o combate a pandemia e não a privatização de uma empresa estratégica, principalmente em tempos de baixo consumo.
O quê você pode fazer?
A tramitação do projeto está ocorrendo em plena pandemia que é o momento em que o governo federal deveria estar cuidando da vida das pessoas ao invés de vender o patrimônio do povo.
Os eletricitários farão atos em todo país. Divulgue os atos nas redes sociais. Acesse as redes sociais da campanha Salve a Energia. Curta, comente e compartilhe as nossas postagens. Assine nosso abaixo-assinado e divulgue nosso conteúdo. Converse com parlamentares da sua região e peça que a medida provisória não seja colocada em votação por que em 2022 ele virá pedir seu voto!
Salve a Energia, Salve a Eletrobras da privatização!
Fonte: Campanha Salve a Energia | Reprodução Senge RJ
Imagem: divulgação