No Brasil, 78% das mulheres entre 16 e 24 anos já sofreram algum tipo de assédio em espaços públicos
“Eu falo para as minhas filhas: andem pelas ruas como fantasmas para que ninguém note vocês”. A declaração é de uma dona de casa de Dhaka, em Bangladesh, e reflete uma triste realidade de milhões de mulheres pelo mundo. Para alertar a sociedade sobre a violência contra as mulheres nas cidades, a campanha Cidades Seguras para as Mulheres promoveu uma série de ações na semana do dia 20 de maio, Dia Internacional dessa causa.
Segundo a ActionAid, no Brasil, 78% das mulheres entre 16 e 24 anos já sofreram algum tipo de assédio em espaços públicos. Já em Kinshasa, no Congo, três quartos das mulheres não se sentem seguras para andar sozinhas à noite.
A campanha saiu às ruas, para “dizer que o nosso corpo nos pertence, reivindicar por liberdade sexual, direito de ir e vir, igualdade de salários, votar e ser votada. […]Mas parece que isso não foi bem recebido pela sociedade. Além de sermos mal vistas por estarmos no espaço público, passamos a ser assediadas e sofrer violência por causa disso”.
Portanto, as entidades que constroem a campanha Cidades Seguras para as Mulheres, entre elas o Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU), reivindicam “serviços públicos e políticas públicas de qualidade que freiem a violência contra as mulheres nos espaços públicos. Uma cidade onde a iluminação seja de qualidade, assim como o transporte público, a moradia adequada, o policiamento efetivo, o direito à creche e uma educação não sexista, que nos garanta mais segurança para estarmos nas ruas ocupando nossas cidades”.
Para conhecer mais sobre a campanha, acesse o site: http://www.cidadesseguras.org.br/.
Fonte: FNRU