O Relatório “Tendências da Mortalidade Materna: 1990 a 2010”, divulgado em junho deste ano pelas Nações Unidas, revelou que o Brasil está reduzindo a mortalidade materna, mas ainda não alcançou o 5º Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
De 1990 a 2010, o número de mortes maternas caiu de 120 para 56 a cada 100 mil nascimentos, o equivalente a uma queda de 51%. Segundo o documento, 50 países, incluindo o Brasil, conseguiram um progresso substancial para atingir o ODM de reduzir em 75% a mortalidade materna entre 1990 e 2015. Outros dez países já cumpriram a meta, 11 não fizeram qualquer progresso e 14 tiveram um progresso insuficiente.
“Nós saber exatamente o que fazer para prevenir as mortes maternas: melhorar o acesso ao planejamento familiar voluntário, investir em profissionais de saúde com habilidades obstétricas e garantir o acesso a cuidados obstétricos de emergência quando surgirem complicações”, defendeu o Diretor Executivo do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA), Babatunde Osotimehin.
Cerca de 90% das mortes acontecem em países em desenvolvimento e a maioria poderia ser evitada com intervenções médica, de eficácia comprovada. A situação é ainda mais crítica em países da África subsaariana.