“Defender a Petrobras é defender o Brasil, é defender os trabalhadores, é defender a democracia”, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ato “Defender a Petrobras é defender o Brasil”. O encontro foi realizado pela Federação Única dos Petroleiros e pela Central Única dos Trabalhadores, nesta terça-feira (24), no Rio de Janeiro.
Lula falou do seu orgulho de ter visitado inúmeras vezes a Petrobras durante seu mandato e inaugurado diversas plataformas e sondas. “O que a gente não pode é jogar a Petrobras fora por causa de meia dúzia de pessoas.” Ele ressaltou que, historicamente, a mesma estratégia é utilizada: a de criminalizar antes de julgar. O representante da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Wadih Damous, também falou da importância de não condenar as pessoas antes do devido julgamento.
Lula frisou ainda a importância do modelo de partilha e os interesses que foram contrariados com eles. Em nome dos movimentos sociais rurais, João Pedro Stédile ressaltou que “o que está em jogo não é a corrupção, é a lei de partilha. O que está em jogo é quem ficará com o lucro do petróleo e eles não aceitam que vá para educação e saúde”.
José Maria Rangel, coordenador geral da FUP, também afirmou que os trabalhadores não devem ter vergonha da empresa. “Nossa Petrobras não é a do Paulo Roberto Costa, do Barusco, desses predadores.” Ele lembrou que a história da Petrobras foi feita nas ruas do país: “Nós defendemos nossa empresa nas ruas e iremos novamente para as ruas para defender a Petrobras, custe o que custar”.
O presidente da CUT, Vagner Freitas. falou que aqueles que acusam a Petrobras não têm moral para fazê-lo e defendeu que, para acabar com a corrupção de verdade, é preciso fazer a reforma política e pôr fim ao financiamento empresarial.
O encontro, que reuniu economistas, artistas, intelectuais, sindicalistas e jornalistas, ressaltou a necessidade de defesa da Petrobras como patrimônio do povo brasileiro.