ARTIGO: É hora de fortalecer a participação das mulheres na política

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ARTIGO: “É hora de fortalecer a participação das mulheres na política”
Por Junéia Martins Batista*

A participação feminina na hora de eleger os representantes políticos nas urnas eletrônicas é superior à masculina em quase todas as faixas etárias no Brasil. De acordo com dados da edição de junho da pesquisa Estatísticas de Eleitorado, publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 76.534.83 mulheres votaram na última eleição, quase 53% do total de 146.470.880 eleitores no País.

No entanto, isso não significa a mesma proporção de mulheres eleitas. Nas eleições de 2012, do total de 5.556 municípios, apenas 591 (10,95%) elegeram mulheres como prefeitas. E dos 57.172 cargos de vereadores, somente 6.508 (13,35%) foram ocupados por mulheres.

Por isso é fundamental que mais mulheres sejam eleitas!

Mais mulheres nas câmaras municipais

Para que isso ocorra, é importante votar em mulheres que tenham compromissos com a transformação da sociedade e da vida das mulheres. Lutar para transformar a sociedade significa defender o aprofundamento de um projeto político que avance em direitos, com igualdade, liberdade, autonomia, justiça, distribuição de renda e a radicalização da democracia. Portanto, isso coloca um divisor de águas: elegeremos mulheres comprometidas com a plataforma da classe trabalhadora.

Precisamos mudar a cultura patriarcal e machista do parlamento

Para reverter a situação de pouca presença das mulheres nas câmaras municipais precisamos de uma reforma política que garanta a lista fechada com alternância de nomes. Mas enquanto isso não acontece precisamos dar os primeiros passos elegendo mais mulheres.

Eleger mulheres significa que estamos querendo a sua autonomia econômica e do seu corpo, combater a violência de gênero e sexista e a defesa intransigente de políticas públicas e com isso fortalecer a nossa luta.

Mas a eleição de mulher tem outro aspecto: é uma maneira de mudar esse caldo de cultura machista que vê o parlamento como um espaço masculino. Isso acontece na medida em que, com nosso voto, fortalecemos a visibilidade e a representação política das candidatas. Mesmo que não sejam eleitas, ter um número significativo de votos as empodera enquanto figura pública. Por isso temos que apostar em mulheres.

Meu voto é comprometido

Para prefeito votarei em um candidato que tem compromisso com a classe trabalhadora, com a democracia e em transformar São Paulo numa cidade mais justa e humana, e para vereadora votarei numa candidata que atua junto aos movimentos sociais, que defende a economia solidária, e as propostas LGBTT e das mulheres.

Na atual conjuntura, em que temos um governo golpista que age contra a classe trabalhadora retirando direitos, a eleição de candidatas comprometidas com a defesa e a ampliação dos direitos é fundamental.

*Junéia Martins Batista é Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT

Fonte: CUT

(Foto: Dino Santos)