Após denúncias de espionagem, FUP cobra cancelamento do leilão de Libra

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Diante da denúncia de que a Petrobras foi espionada pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, a Federação Única 

dos Petroleiros (FUP) enviou à presidente Dilma Rousseff e outras autoridades, nessa segunda-feira (09), documento em que manifesta sua preocupação com a soberania nacional e faz um apelo ao governo brasileiro para que suspenda imediatamente o leilão do Campo de Libra, na Bacia de Santos, marcado para 21 de outubro.

A denúncia parte de mais documentos vazados, na semana passada, pelo o ex-consultor da CIA, o estadunidense Edward Snowden. Em seu documento, a FUP reitera que “não há dúvidas sobre as motivações comerciais na espionagem comandada pelo governo dos Estados Unidos e aliados, como a Inglaterra, cujas petrolíferas já se manifestaram interessadas nas reservas do pré-sal, e, particularmente, em Libra”.

Segundo estimativas iniciais da Agência Nacional de Petróleo (ANP), as reservas deste campo de petróleo podem ultrapassar os 12 bilhões de barris de óleo. No documento, a FUP também ressalta que “sozinho, o campo de Libra equivale a mais de 80% de todas as reservas provadas da Petrobras, descobertas ao longo de seus 60 anos de atuação”.

“Diante de todas as evidências de que a espionagem do governo dos Estados Unidos tem caráter estritamente comercial e, consequentemente, privilegia as petrolíferas norte-americanas, torna-se urgente a suspensão imediata do leilão de Libra. Em nome dos trabalhadores petroleiros, a FUP espera que o governo brasileiro tome todas as providências necessárias para defender a Petrobras e a soberania nacional”, conclui o documento.

A solicitação também foi enviada ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, à presidente da Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard, ao presidente da Câmara dos Deputados Federais, Henrique Eduardo Alves, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, ao presidente do Superior Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, à presidente da Procuradoria Geral da República, Helenita Acioli, e ao presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes.

Fonte: Brasil de Fato