Apesar do anúncio do Programa de Sustentação do Investimento pelo governo, que prevê cerca de 60 bilhões de reais em investimentos nas indústrias, números apontaram queda de emprego no setor em fevereiro e março deste ano.
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Departamento de Pesquisa de Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, disse que este fato é anormal para o mês de março, que costuma ser de geração de empregos na indústria. Francini aponta que não há sinais de reativação do mercado industrial para este ano.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma redução de 0,7% no mês de fevereiro comparando os indicativos do ano de 2011. Dos 14 locais estudados pelo Instituto, oito apresentaram queda de empregos, com destaque para São Paulo, que apresentou uma queda de quase 3%. Dos setores analisados, os mais afetados foram o de produtos de metal e o de metalurgia básica.
Já os números da Fiesp são relativos ao mês de março e apontam queda de cerca de 2%, também comparado a 2011. Somente neste mês quatro mil e 500 pessoas foram demitidas das indústrias paulistas. Este é o pior resultado do setor desde 2006.
Apesar da redução de impostos e de linhas de crédito especiais por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o setor da Indústria no país deve se manter em baixa durante todo o ano.
Fonte: Agência Pulsar
