Os diferentes feminismos – Não há como padronizar o debate sobre o feminismo, a diversidade de mulheres, de pensamentos e modos de vidas, faz com que as formas de libertação e empoderamento da mulher sejam muitos diferentes. Foi nessa linha que a Roda de Conversa que tratou sobre os desafios de construir o feminismo camponês e popular aconteceu.
Para Rosane Bertotti, Secretaria de Formação da CUT, que representou a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar FETRAF/Brasil, destacou que o feminismo no campo é a prática do poder viver. “Temos um quadro muito dramático com alto índice de violência contra à mulher no campo. Precisamos enfrentar de forma coletiva esse cenário. O Mundos de Mulheres é um espaço que nos fortalecer e nos da a possibilidade de construção coletiva entre a academia e os diferentes movimentos do campo”, reforçou Rosane Bertotti.
A mulher na mídia – Como a mulher está sendo apresentada nos veículos de comunicação, a forma com é estereotipada e como se dá a construção do machismo, através de narrativas da mídia e da propaganda. Essa é uma outra problemática discutida no Mundos de Mulheres. “Pensar na comunicação, no poder que ela tem de rotular os indivíduos e como ela interfere na visão que a sociedade nos coloca do que é ser mulher, é um debate que nós trabalhadoras temos que acompanhar e pensar ações de enfrentamento de forma coletiva”, destaca Adriana Maria Antunes de Souza, Secretária de Comunicação da CUT-SC.
A quarta-feira, dia 2 de agosto, está reservado para uma grande Marcha do Mundos de Mulheres, que vai acontecer às l6 horas no Centro de Florianópolis, momento que a pauta das mulheres vai ocupar as ruas e mostrar a força e potencialidade desse encontro que reúne pessoas do mundo todo. Além da pauta de luta das mulheres, a Marcha também fará parte dos atos nacionais que pedem a saída do presidente Michel Temer, que será julgado no mesmo dia.
Saúde da Mulher Trabalhadora – A CUT também pautou a saúde da mulher na atividade internacional. O tema está em risco neste momento de retirada de direitos que o país está passando. A Emenda Constitucional 95 já em vigor irá limitar investimento em saúde e educação nos próximos 20 anos. “Não podemos deixar que a maior política pública em andamento no Brasil (SUS)e sustentada nas lutas populares seja esvaziada e extinta como propõe os golpistas e as mulheres serão as mais atingidas”, destacou a secretária Nacional da Saúde do Trabalhador da entidade, Madalena Margarida.
Todas as mulheres presentes nas atividades irão se somar à marcha.
A marcha, além de chamar atenção e fazer barulho pelas pautas gerais, também vai denunciar as múltiplas violências, opressões e assédios, físicos e psicológicos que matam e adoecem mulheres cotidianamente no Brasil.
“A cidade vai ter que parar! Nós iremos ocupar as ruas da cidade com as bandeiras e faixas da CUT para chamar atenção e sensibilizar a população entender as demandas das mulheres do mundo”, contou a diretora executiva da CUT Nacional, Mara Feltes.
Fonte: CUT