Neste domingo (30/10, o povo brasileiro confirmou a democracia elegendo Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência do Brasil. Vencemos o ódio, mas ainda há muito a fazer pela reconstrução do país. O momento é de diálogo e estreitamento de pontes entre as diferenças para retomar direitos, investimentos, políticas públicas e o papel do Estado.
Durante os mandatos passados do presidente Lula, a engenharia viveu o seu auge com geração de empregos, oportunidades e cursos nas universidades. Nos últimos seis anos, vivemos a destruição das empresas nacionais de engenharia, desemprego, informalidade e retirada de direitos. A eleição deste domingo reafirma a esperança pela reconstrução do país e a engenharia brasileira está à disposição, tanto da presidência da República quanto dos governos estaduais, a colaborar na formulação e execução de políticas públicas ao lado dos movimentos sociais.
Temos empresas públicas e estatais que são referência internacional em conhecimento tecnológico, ciência e pesquisa, como a Petrobras, a Embrapa e a Eletrobras, e que garantem a soberania nacional. O fascismo conduziu uma política econômica ultraliberal que promoveu a inflação, a alta dos alimentos e dos combustíveis e colocou o povo brasileiro na fome e na miséria. É preciso inverter essa lógica e investir massivamente em distribuição de renda, negociação de dívidas e geração de emprego de qualidade com carteira assinada.
Esta reconstrução também passa pelas mulheres e sua participação na política. Um estudo realizado pela União Interparlamentar, organização internacional responsável pela análise dos parlamentos mundiais, revela que dentre 192 países, o Brasil aparece na 142° colocação do ranking de participação de mulheres na política nacional. Sabemos que os desafios são imensos e alertamos para a importância da paridade de gênero na composição dos governos, bem como da retomada das políticas específicas para as mulheres e do seu respectivo orçamento. Precisamos ampliar a participação das mulheres, população negra e LGBTQIA+ no processo democrático. É com controle social e transparência que qualificamos as políticas públicas.
Os tempos são de esperança e de fazer avançar a democracia e o presidente Lula e os governadores eleitos podem contar com a engenharia brasileira.