“A agricultura familiar produz saúde”

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Agricultores Familiares de Santa Catarina realizam Caravana que debate ponto importantes para a produção de alimentos e os desafios das agroindústrias familiares de pequeno porte

Escrito por: Aline Eberhard – FETRAF-SUL/CUT

A produção de alimentos, os desafios das agroindústrias familiares de pequeno porte e do cooperativismo de economia solidária foram os temas que nortearam os debates da Caravana da Agricultura Familiar de Santa Catarina que aconteceu nesta quinta-feira, dia 05 de junho, no município de Chapecó – SC. O evento reuniu aproximadamente 400 agricultores familiares do oeste do Estado.

O representante da Organização das Nações Unidas (FAO/ONU), Carlos Biasi, destacou em sua fala que existe mais de 1 milhão de propriedades da agricultura familiar no sul do país (em média 3 milhões de agricultores familiares) que são responsáveis por produzir alimentos à gaúchos, catarinenses e paranaenses. Os agricultores familiares tem compromisso com a preservação ambiental e erradicação da fome. “Milhares de pessoas não se alimentam diariamente e os estudos apontam que em 2050 haverá mais de 900 mil pessoas passando fome no mundo. Temos a alternativa de mudar esse futuro investindo na agricultura familiar”, disse Biasi.

Para a ONU os agricultores familiares devem incentivar os estudos das futuras e atuais gerações e a permanecer no meio rural, se qualificar e produzir alimentos orgânicos e agroecológicos, alimentos que representam saúde. O deputado Estadual Dirceu Dresch, que participou do evento, também afirmou que alimento é saúde e o remédio para todas as doenças. “Que modelo de agricultura queremos? Aquele que lidera o ranking na utilização de agrotóxicos? Aquele em que o agricultor é escravo das grandes empresas? Tenho certeza que não. Queremos uma agricultura desenvolvida e que produza alimentos saudáveis”, disse. Dresch ainda afirmou que os produtos agroecológicos abrirão espaço e um nicho de mercado para a agricultura familiar.

O caminho para mudar o modelo de produção percebido pelas entidades, lideranças e agricultores familiares são as cooperativas e agroindústrias. Individualmente ou em grupos os agricultores se organizam, produzem matéria-prima, industrializam e comercializam seus produtos. “Temos exemplos de agroindústrias familiares e cooperativas que são sucesso. Seus produtos são comercializados em feiras e principalmente em mercados institucionais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)”, lembrou o coordenador da FETRAF-SUL/CUT em Santa Catarina, Alexandre Bergamin.

O associativismo e o cooperativismo buscam pelo desenvolvimento do meio rural sustentável e solidário, com qualidade e condições para agregar valor a seus produtos, fortalecido, construído e implementado por pessoas que fazem do campo o seu lugar de viver.

A Caravana da Agricultura Familiar de Santa Catarina continua acontecendo no Estado e o próximo evento será realizado no município de Irineópolis no dia 27 de junho.

Fonte: CUT