A noite de celebração do Prêmio Jovens Talentos da Engenharia Paranaense reuniu estudantes, familiares, representantes de universidades, entidades de classe e lideranças sindicais em uma cerimônia marcada pela emoção e pelo reconhecimento. O evento contou com a presença de todos os premiados, vindos de Curitiba e do interior do Estado, reforçando a diversidade e a força da juventude na engenharia.
Além da entrega dos prêmios, a noite marcou também o lançamento oficial do Programa de Mentoria “Conectando Gerações”, iniciativa que reunirá 15 mentores e 45 mentorados de todo o Paraná, fruto da parceria entre Senge-PR e a Mútua-PR, com apoio técnico do Instituto de Gestão Pública de Maringá.
A premiação reforçou seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, além do ODS 18, proposto pelo Brasil, que traz a luta contra o racismo como pauta central.“Os ODS não são apenas metas internacionais: eles são um chamado à ação. Ao pensar em engenharia, pensamos em soluções que transformam vidas e que devem estar a serviço da Agenda 2030”, destacou Leandro José Grassmann, presidente do Senge-PR.
Dois projetos foram reconhecidos com menções honrosas pelo impacto social e alinhamento aos ODS. O primeiro, intitulado “Hip Hop e Educação Ambiental Sintrópica e Antirracista”, liderado pela futura engenheira Rafaella Ferreira Cicarelli, uniu debates sobre justiça climática, populações vulnerabilizadas e a engenharia, mostrando como arte, educação e tecnologia podem caminhar juntas na construção de um futuro mais justo e sustentável. O segundo, chamado “Formação de Lideranças Jovens na Transição Energética Justa e Sustentável”, coordenado por Bruno Alisson Rodrigues, trabalhou a capacitação de jovens para liderar iniciativas que promovam uma transição energética responsável, consciente e alinhada à preservação do meio ambiente e à proteção da vida.
A cerimônia seguiu com o anúncio dos premiados em cada categoria. Em Impacto Social, o terceiro lugar ficou com o projeto EDUTbots – Robótica Educacional, liderado por Bruna de Lima, da UTFPR, que leva a universidade para dentro das escolas públicas, despertando em crianças e adolescentes o interesse pela ciência e pela tecnologia. O segundo lugar foi conquistado por EmpoderAgro, de Camile de Lara Schotten, do Centro Universitário Integrado, que fortalece a presença feminina no agronegócio e amplia oportunidades no campo. O primeiro lugar ficou com o projeto coletivo CreaJr-PR – 20 anos de formação de lideranças e impacto social na engenharia paranaense, liderado por Mirelly Lacerda Pinheiro, da UFPR, que já transformou gerações de jovens engenheiros e engenheiras em todo o Paraná.
Na categoria Inovação Tecnológica, o terceiro lugar foi para o Suplos – Inteligência na Gestão de Suprimentos para a Construção Civil, de Gabriel Coltre, da PUCPR, que apresentou soluções digitais capazes de reduzir desperdícios nos canteiros de obras. O segundo lugar foi entregue ao projeto ProteJá, de Reinaldo Kaminski Neto, da UTFPR, que desenvolveu uma pulseira inteligente de baixo custo para prevenção de quedas em idosos, aproximando a pesquisa universitária das necessidades da população. O primeiro lugar ficou com Raízes do Futuro – Laboratório Vivo de Inovação Sustentável e Inclusiva no Campo, liderado por Willian dos Santos Heidrick, da UNOPAR, que transformou uma propriedade rural de Goioerê em um centro de capacitação com práticas agroecológicas e soluções digitais acessíveis.
Já na categoria Pesquisa Científica/Extensão, o terceiro lugar foi para o projeto Síntese e Caracterização da Espuma Rígida de Poliuretano com Óleo de Mamona, de Maria Eduarda Santos Rodrigues de Souza, da UTFPR, que propõe uma alternativa ecológica ao poliol petroquímico. O segundo lugar ficou com Sistema de Classificação de Cenas Acústicas para Personalização de Dispositivos Auditivos Assistivos, liderado por Thiago Vinícius Macegoza, também da UTFPR, que desenvolveu dispositivos auditivos capazes de se adaptar automaticamente ao ambiente. O primeiro lugar foi para a Rede de Apoio às Minorias/Mulheres na Engenharia (RedAme), coordenada por Regiele Aparecida da Silva, da UFPR, que atua para reduzir a evasão de mulheres na engenharia, promovendo acolhimento, formação e pesquisa sobre a trajetória feminina nas áreas STEAM. A noite foi encerrada com uma homenagem ao engenheiro Tiago Luan Hachmann, reconhecido pela condução do “Prêmio Jovens Talentos” e demais trabalhos desenvolvidos em prol da juventude da engenharia, junto ao Senge-PR.
Imagem: Divulgação/Senge-PR
Fonte: Senge-PR