Os Eletricitários do Rio de Janeiro e de todo o Brasil fazem um alerta à população brasileira, empresas do setor produtivo, empresários e ONGs: a Eletrobras, desde a sua privatização vem demitindo seguidamente e sem qualquer critério, milhares de trabalhadores e trabalhadoras com larga vivência e experiência reconhecidas no setor elétrico, o que pode causar sérios problemas à distribuição de energia à sociedade como um todo.
Apesar de ter obtido lucro de R$ 7,195 bilhões no terceiro trimestre de 2024, as demissões continuam apesar dos esforços de trabalhadores e trabalhadoras que, no momento, chegam a acumular funções para manter o funcionamento do sistema. Fica latente, que a saturação da capacidade laboral destes dedicados profissionais pode aumentar o risco de acidentes, colocando a vida dos trabalhadores e o sistema elétrico brasileiro em risco.
As entidades representativas da categoria eletricitária têm procurado a direção da empresa em busca de diálogo, mas até agora não tiveram sucesso, porque existe uma determinação da Eletrobras privatizada de atingir metas que possibilitem a distribuição de dividendos cada vez mais altos aos acionistas, sem qualquer preocupação com a qualidade dos serviços prestados à população ou à segurança dos profissionais cada vez mais expostos a esforços extraordinários para cumprir suas tarefas.
Às vésperas da realização do G20 na cidade do Rio de Janeiro, é preciso que a sociedade tenha conhecimento que há um risco real de colapso energético no Brasil, provocado por esse ciclo de demissões que significa o esvaziamento da capacidade técnica de manutenção do sistema elétrico. Por isso, nos colocamos contra o anúncio de mais de 2.000 demissões na Eletrobras, por sabermos que qualquer ocorrência será debitada aos trabalhadores e trabalhadoras, isentando a gestão temerária da Empresa de qualquer responsabilidade. Registra-se também, acidentes fatais, onde vários trabalhadores perderam a vida, por conta da governança desastrosa da Eletrobras.
Diante da insistência da empresa em efetuar, de forma indiscriminada e sem obedecer a qualquer critério técnico, mais 2.000 demissões que podem levar o sistema elétrico a um quadro crítico, em nome da manutenção do sistema e da qualidade dos serviços prestados à população, não nos resta alternativa senão resistir e um eventual movimento grevista que poderá ser deflagrado a qualquer momento.
A Eletrobras Estatal, com qualidade de serviços e responsabilidade social que o Brasil conheceu acabou! Agora, a Eletrobras privatizada não tem qualquer compromisso com o povo brasileiro. Dedica-se, única e exclusivamente, à obtenção de lucro a qualquer custo!
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Fonte: Interfurnas e Base Rio
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