Hoje, 15 de agosto, uma ampla mobilização em defesa da ARLANXEO, antiga COPERBO, tomou conta do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. O Diretor Executivo da Fisenge e vice-presidente do Senge-PE, Mailson da Silva, acompanhou o ato, que contou com a presença do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco (SENGE-PE), a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (FISENGE), o Sindicato dos Borracheiros, partidos políticos, petroleiros e trabalhadores.
O protesto foi impulsionado pela ameaça de fechamento da ARLANXEO, uma indústria essencial para a economia local e para o setor automobilístico, que pode levar à demissão de mais de 2.500 empregados, entre eles engenheiros. A planta, com capacidade de produzir até 120 mil toneladas de polímeros por ano, representa uma perda significativa para Pernambuco e para o Nordeste, além de afetar o fornecimento de borrachas e pneus tanto para o mercado nacional quanto internacional.
Durante o ato, Mailson da Silva entrevista Geraldo Soares profissional da área, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Borracha em Pernambuco, que destacou a importância da fábrica, tornando-se um pilar para a inovação no setor de polímeros desde sua fundação em 1964-65. “Inicialmente dedicada à produção de borracha a partir de álcool e, mais tarde, adotando petróleo, a planta é a única no Nordeste a produzir borracha sintética e a terceira no Brasil”, afirmou.
A planta enfrenta, atualmente, uma redução significativa em sua capacidade produtiva, variando entre 80 e 90 mil toneladas. Mailson e os participantes do ato fizeram um apelo para que os políticos do Estado e da região se mobilizem para defender a continuidade da indústria e a preservação dos empregos. “A ARLANXEO não é apenas uma indústria chave para o setor de polímeros, mas também um símbolo de desenvolvimento tecnológico e econômico para o estado de Pernambuco e o Nordeste”, disse Mailson.
Foto: Arquivo pessoal