“No início da noite de 5 de agosto, a Eletrobras publicou o Comunicado Eletrobras Gente n° 39, onde informou aos trabalhadores que obteve uma liminar no STF suspendendo a vigência do ACT 2022/2024 que havia sido acordado entre as partes em reunião de conciliação no TST. Por decisão das partes o ACT teria vigência até 31 de agosto de 2024. A empresa ainda informou que a partir desse momento, as bases que ainda estão em negociação passariam a
ser regidas pela CLT.
É inacreditável, que a Eletrobras, que se diz “embaixadora da transparência” falte com tamanha verdade junto ao Supremo Tribunal Federal para conseguir plantar um clima de terror e pânico entre na categoria, objetivando com este jogo sujo, realizar pressão nos trabalhadores e tentando colocá-los contra os seus sindicatos, e ainda, coagindo os mesmos a aceitarem suas condições, numa proposta de acordo coletivo que prevê demissão em massa e desmonte de direitos, conquistados ao longo de muitos anos com muita luta e suor.
Onde está a boa fé? Onde está a lealdade negocial dentro de um processo de conciliação? Ambiente tóxico resume o moddus operandi desta direção da Eletrobras.
A gravação da reunião no TST mostrará o obvio: que o negociador, preposto destacado pela Eletrobras para representar a empresa no TST, acordou com o prazo (31/08/2024) proposto pelo Ministro Godinho. Tanto o fez, que a própria Empresa divulgou nota interna à categoria informando da prorrogação. Buscou as entidades sindicais para seguir no processo de negociação durante o mês de julho, conforme orientação das audiências no TST. Quem não
concorda, não assina a ata sem pedir correção. Quem não concorda, negocia os prazos que defende.”
Fonte: CNE
Foto: Agência Brasil