Nova “dona da Sabesp”, Equatorial tem histórico de apagões e tá mal em ranking na ANEEL

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MANOEL RAMIRES/SENGE-PR | Parte da Sabesp foi vendida pelo governo de São Paulo. Um mal negócio de R$ 14 bilhões e com ações vendidas abaixo do valor de mercado. Valendo R$ 87, as ações foram vendidas por R$ 67. A perda de R$ 4,5 bilhões é pior se levar em consideração que o lucro líquido da Sabesp em 2023 foi de R$ 3,5 bilhões. Mas, para Equatorial, Grupo do ramo de Energia Elétrica, foi um baita negócio. E você sabe quem é a compradora da Sabesp?

A Equatorial atuava em pelo menos sete estados brasileiros nas áreas de transmissão,  distribuição e distribuição e saneamento. É o caso do Amapá. Agora vai fazer gestão em São Paulo. 

No ranking dos resultados do desempenho das distribuidoras na continuidade do fornecimento de energia elétrica em 2023 fornecido pela ANEEL, a Equatorial Pará ficou  em segundo lugar no Desempenho Global de Continuidade (DGC).

Por outro lado, a Equatorial Maranhão ocupa a posição de 21o entre as 29 listadas como companhias de grande porte. Neste ranking, as últimas colocadas foram: 27º Neoenergia Brasília (DF), 28º CEEE (RS) e 29º Equatorial GO (GO).

Empresas do grupo Equatorial estão entre as piores avaliadas

A empresa vive aparecendo, em diversos estados, por conta de apagões. No começo do ano, o MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) ajuizou ação coletiva contra a CEEE Equatorial e pediu R$ 200 milhões em indenizações a consumidores. No “Reclame Aqui”, por exemplo, são mais de 10062 reclamações. O número de reclamações em 2023 mais do que dobrou em comparação a 2021, após a privatização da empresa.

Com  relação às tarifas de energia cobradas, a Equatorial PA tem a tarifa mais cara entre as concessionárias. A Equatorial AL ocupa a quarta posição e a Equatorial PI ocupa a sexta posição. 

Lucro de cinco anos

Para registro, em  2023,  a  Companhia  registrou  um  lucro  líquido  de  R$  3,5  bilhões,  ante  os  R$  3,1  bilhões registrados  em  2022,  um  acréscimo  de  R$  402,2  milhões  ou  12,9%. Ou seja, em menos de cinco anos o dinheiro da venda de ações se paga.

 

Fonte: Senge PR

Foto: Monica Andrade/Fotos Públicas