Pelas redes sociais, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que a pesquisadora Silvia Massruhá será a nova presidenta da Embrapa. Ela é a primeira mulher a ocupar o cargo na empresa pública de pesquisa e deve tomar posse em maio.
Fávaro, publicou o anúncio em sua conta pessoal no Instagram. No texto ele ressaltou a formação da pesquisadora.
“Silvia preenche todos os requisitos e terá a minha indicação para a presidência da Embrapa”, disse o ministro.
Trajetória
Natural de Passos (MG), Silvia está na Embrapa desde 1989. Ela graduada em Análise de Sistemas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Com forte atuação na área de tecnologia, a pesquisadora tem mestrado em Automação pela Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutorado em Computação Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Desde setembro de 2021, Silvia está à frente da Embrapa Agricultura Digital, onde lidera projetos na área de engenharia de software, inteligência artificial e computação científica aplicada à agricultura.
Segundo informações divulgadas no site da Embrapa, o setor que ela dirige é responsável por cerca de 100 publicações técnico-científicas e 25 softwares em temas como lógica abdutiva, lógica nebulosa, técnicas de aprendizado de máquina, mineração de dados e textos voltados para o manejo animal e diagnóstico de doenças em plantas.
Rumos da Embrapa
Ao longo do governo de Jair Bolsonaro (PL), e Embrapa sofreu um processo considerável de desmonte. A empresa sofreu sucessivas quedas no orçamento e foi afetada também pelo corte geral no apoio a pesquisas.
Desde que tomou posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforça o discurso de que a nova gestão pretende reverter esse cenário. O orçamento deste ano foi sancionado sem vetos com um aumento de mais de 45% em relação ao ano passado. O total global direcionado à empresa será de R$ 3.639.755.433.
Paralelamente, o Ministério da Agricultura nomeou um grupo de pesquisadores para identificar demandas, avaliar as limitações do atual modelo e apresentar propostas para o aprimoramento do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA).
O grupo vai será responsável por indicar novas tecnologias à empresa e ao governo
Fonte: Nara Lacerda/Brasil de Fato
Foto: Magda Cruciol/Embrapa