Aconteceu, no dia 28/2, a abertura do 12º 12º Encontro de Líderes representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. Estiveram no evento o presidente da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros), Roberto Freire; a vice-presidente da Fisenge, Elaine Santana; o presidente da Mútua, Francisco Almeida; parlamentares do Congresso Nacional; presidentes de Creas e sindicatos de engenheiros, além do atual vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin e o ministro das cidades, Jader Filho.
O vice-presidente da República iniciou seu discurso destacando que a engenharia está presente em todos os momentos, e é essencial para o desenvolvimento social e econômico. “Sabemos que atualmente o desafio do mundo é a geração de emprego e a construção civil é essencial porque emprega de maneira intensiva. Com esta visão, o presidente Lula decretou o aumento de 80 milhões para 10,4 bilhão para o Programa Minha Casa, Minha Vida”, destacou Alckmin que ainda acrescentou sobre a importância do saneamento básico para a saúde da população.
Com cerca de 1.500 profissionais presentes, o evento tem o objetivo de definir ações estratégicas para a defesa da engenharia. De acordo com o presidente da Fisenge, Roberto Freire, um dos pontos foi a Frente Parlamentar da Engenharia. “Com a mudança de governo, precisamos retomar a atuação parlamentar de modo a articular e lutar pelas causas da engenharia, e uma delas é o reajuste do Salário Mínimo Profissional que foi congelado. Para além das questões corporativas, é fundamental que a engenharia caminhe ao lado da estratégia nacional de desenvolvimento nos programas sociais como ‘Minha Casa, Minha Vida’, ‘Luz para Todos’ e em defesa das empresas públicas e estatais”, pontuou Freire.
Um dos destaques do encontro foi o aumento do número de mulheres engenheiras presentes. Segundo a vice-presidente da Fisenge, Elaine Santana, apesar do aumento do número de participantes, ainda há poucas mulheres nas lideranças do Sistema Confea/Creas e no mercado de trabalho. “É cada vez maior o interesse de meninas e mulheres pelas exatas e há um movimento internacional de estímulo a essas áreas, mas o acesso de mulheres aos cargos de liderança e chefia é muito dificultado. Enfrentamos assédios, disparidade salarial e preconceitos. É preciso uma política acolhedora para as engenheiras dentro das entidades”, afirmou Elaine que ainda acrescentou sobre o trabalho do Coletivo de Mulheres da Fisenge. “O Coletivo reúne mulheres de todos os sindicatos filiados à federação e além de promover formação, também atua em negociações coletivas em defesa dos direitos e melhores salários”. Este ano o Coletivo de Mulheres da Fisenge fará 15 anos e uma de suas ações mais exitosas, as histórias em quadrinhos da Engenheira Eugênia, completou 10 anos.
Elaine ainda enfatizou que aconteceu o “Café com Política”, um encontro entre parlamentares e lideranças com o objetivo de tratar sobre as pautas da engenharia. “A finalidade do Sistema Confea/Creas com essa ação é engajar e aproximar os parlamentares da agenda política da engenharia que, muitas vezes, fica relegada”, disse.
Durante a solenidade de abertura do 12º Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua, foi realizado o lançamento da 78ª Semana Oficial da Engenharia, da Agronomia e das Geociências (SOEA), que acontecerá entre os dias 8 e 11 de agosto, em Gramado (RS).