Nesta quarta-feira (19/10), a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) protocolou um pedido de reconsideração à decisão que propõe o aumento das taxas e anuidade dos Creas (Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia). De acordo com o presidente da Fisenge, Roberto Freire, o Brasil vive um período de pós pandemia com uma grave crise econômica. “Nos últimos anos, a engenharia perdeu postos de trabalho e direitos e é praticamente inviável penalizar ainda mais os trabalhadores e as trabalhadoras que ainda sofrem com a inflação”, afirmou.
No documento, a Fisenge reconhece as dificuldades econômicas de alguns Creas e sugere ao Confea a revisão do programa “Fortalece” para suprir as necessidades e particularidades das entidades.
Além do pedido de reconsideração, a Federação também lançou um abaixo-assinado que já conta com quase 1.000 assinaturas. (assine AQUI)
Entenda
O Plenário do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) aprovou, no dia 30/09/2022, as resoluções nº 1.457 e 1.458/2022 que aumentam os valores de serviços, ART, multas e anuidades em 8,83%. A Fisenge considera absurda a proposta aprovada, visto que o aumento vem em um momento de amplo desemprego na área da engenharia, do aumento da informalidade; do congelamento do Salário Mínimo Profissional pelo Supremo Tribunal Federal; do fim da política de valorização do salário mínimo pelo governo federal; a alta dos alimentos e da inflação.
A decisão foi insensível com o momento vivido pela engenharia e os trabalhadores que passam por momentos difíceis.