O reajuste de 3,5% de salários e benefícios foi recusado pelos sindicatos, por estar muito abaixo do INPC (7,59%) acumulado no período. Auxílio a dependentes PNE, empregados temporários e auxílio creche também estiveram em pauta.
No início de agosto, foi realizada a terceira rodada de negociação com a Cedae para tratar do ACT 2021-2022. As duas primeiras rodadas foram dedicadas ao estabelecimento de princípios da negociação e à apresentação do novo presidente da empresa e seu chefe de gabinete.
Nessa terceira reunião, a Cedae apresentou sua contraproposta com relação às cláusulas econômicas, comprometendo-se, exclusivamente, com um reajuste de 3,5% dos salários e benefícios – um percentual, portanto, muito abaixo do INPC (7,59%) acumulado no período. Os sindicatos rechaçaram imediatamente a proposta. Solicitaram a presença do presidente da empresa na próxima reunião e reivindicaram, além disso, atenção a três questões específicas:
- a) auxílio dependente de portadores de necessidades especiais (PNE)
- b) desligamento de profissionais temporários em outubro e
- c) auxílio creche.
No primeiro caso, os sindicatos solicitaram revisão da nova sistemática instituída para pagamento do auxílio (PNE), que tem causado grandes transtornos aos trabalhadores beneficiários. No segundo, reivindicaram que a Cedae absorva os 200 trabalhadores temporários sob risco de demissão. No terceiro, reivindicaram que a Cedae garanta o benefício àqueles que o perdem em função da idade, até o encerramento do ano letivo corrente.
A empresa se comprometeu a reavaliar a sistemática de comprovação de despesa para pagamento do auxílio PNE e a estudar o impacto da extensão do auxílio creche, conforme acima citado, para decisão posterior da alta direção. Afirmou, contudo, que a cláusula relativa à absorção automática dos trabalhadores temporários, em caso de concessão, não poderá ser renovada neste ACT.
Os sindicatos insistiram na presença do presidente no próximo encontro e apresentaram o cenário desolador, de profunda insegurança, vivido hoje pelos CEDAEANOS, reafirmando que a contraproposta apresentada pela empresa é não apenas insuficiente, como também absolutamente cruel.
Uma reunião específica será agendada para tratar de Participação nos Resultados (PR).
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