Presente na mesa dos paranaenses, agricultura familiar precisa estar presente no orçamento do Estado

O Paraná comemora a partir do dia 25 de julho o  Dia e a Semana da Agricultura Familiar. É um período importante que avalia e promove o setor do estado, segundo o deputado estadual e autor da lei, Professor Lemos: “É um momento de criar condições para estimular a agricultura familiar tenha visibilidade e seja valorizada. E possa receber do Estado o incentivo e a proteção na medida em que contribui para o Paraná”, compara. E os desafios e barreiras são enormes.

O Senge Play Videocast conversou, neste episódio, com o deputado Professor Lemos que tem grande ligação com o campo e agricultura familiar paranaense. Ele, que foi o terceiro deputado mais votado no Paraná em 2018, é agricultor na região de Nova Aurora, Santa Lúcia e Capitão Leônidas Marques e integrou a pastoral da juventude rural, tornou-se líder estudantil, presidiu a associação de agricultores e foi dirigente de associação de moradores.

Para o videocast, Lemos reforçou a importância desse setor. “A agricultura familiar produz mais de 70% dos alimentos do nosso Estado. É o setor que mais emprega. Ela necessita de cuidados e investimentos do Estado”.

Mas não é bem assim que tem acontecido. Para ele, a “menina dos olhos” do governo é o agronegócio. “O Estado trata de forma muito diferente o pequeno agricultor do grande agricultor. O grande participa do governo, representado pela FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) no G7 e com o vice-governador Darci Piana, que coordenava a Fecomércio. O governo não chamou a Fetaep, que representa os trabalhadores da agricultura familiar, nem a Fetraf, outra Federação que trata disso. O governo é pensado e planejado por grandes federações”.

Lemos ainda destaca que o Governo do Paraná fez um conselhão, mas os agricultores familiares não estão presentes. “Quem está lá são os grandes produtores”, complementa.

A conversa com o deputado faz parte do Podcast “O Papel do Estado no Campo” (clique aqui para ouvir o Episódio II). Nela, o deputado fala das obrigações e omissões do Estado na relação com os produtores rurais.

“O Estado foi criado para fazer a mediação entre a produção e fiscalizar o campo. Ele não pode abrir mão dessas tarefas porque o mercado tem a visão do lucro. Não tem preocupação com a questão social. Por isso o Estado precisa atuar com suas agências de regulação”.

O deputado ainda comenta, na parte II do Episódio que é lançado no dia 22 de julho, que “o número de profissionais é muito pequeno. E as condições dadas a eles não são adequadas. Elas não permitem que deem conta dessa tarefa que é muito grande”.

Assista o VideoCast com professor Lemos