Apoiar a greve dos petroleiros é defender a soberania nacional

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Os 13 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) entraram em greve nacional neste sábado (1º), cobrando da Petrobras o início de um processo de negociação para suspender as cerca de mil demissões dos trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), do Paraná, ameaçada de fechamento, além do cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho. Durante o dia de hoje (3), atos e manifestações estão ocorrendo em várias unidades da Petrobras pelo país. Estar junto aos grevistas e apoiar seu movimento é obrigatório para todos que defendem o Brasil e sua soberania.
 
A greve visa frear o desmonte do patrimônio estatal brasileiro que é a base do desenvolvimento, da infraestrutura e da qualidade de vida no país. Também quer garantir as diretrizes democráticas e legais que asseguram os direitos dos trabalhadores, entre os eles, os de greve e de negociação. Na sede administrativa da Petrobras, no Rio de Janeiro, a Comissão de Negociação Permanente da FUP segue há quase 72 horas, cobrando interlocução com a empresa, que chegou a cortar a água e luz da sala. A justiça do Trabalho confirmou a legitimidade da Comissão de Negociação e, em outra liminar, determinou o restabelecimento da luz e água, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora de descumprimento. A luz e a água foram religadas, mas o ar condicionado continua desligado na sala onde estão os petroleiros, apesar do calor escaldante do Rio de Janeiro.
 
É da maior importância para o presente e o futuro do Brasil que se espalhem por todas as capitais a solidariedade e o apoio aos petroleiros. O desmonte em curso, proposto pelo ministro Paulo Guedes, atinge dezenas de estatais estratégicas, mas já encontra resistência. Na Casa da Moeda, os trabalhadores deflagraram hoje (3) uma paralisação de 24 horas; e na Dataprev, estão em greve desde o dia 22 de janeiro (dia 28, no Rio). Em ambos os casos contra a privatização.
 
Se aqueles que são constitucionalmente responsáveis pela defesa do país e da sua soberania não se levantam contra a destruição do nosso patrimônio, cabe aos trabalhadores de todas categorias, e a todos os segmentos da sociedade civil assumirem juntos este papel.
 
SOS Brasil Soberano/Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ)
 
Foto: FUP