Hoje (6/12) é dia nacional de mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres. A data foi marcada, pois, em 1989, um homem invadiu uma aula da Escola Politécnica, em Montreal, no Canadá, e assassinou 14 mulheres estudantes do curso de engenharia. Antes de cometer o crime, ele pediu que todos os homens se retirassem, demonstrando seu ódio às mulheres.
Embora esteja em constante transformação, a engenharia ainda é uma categoria cuja predominância é de homens. De acordo com dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), dos cerca de 1 milhão de profissionais, apenas 180.000 são mulheres. Além disso, as engenheiras sofrem com discriminação no mercado de trabalho e nas universidades, com assédios moral e sexual, além de discrepância salarial mesmo no exercício das mesmas funções e violências física, emocional, patrimonial e virtual. E esta é a realidade de milhares de brasileiras.
Com o objetivo de contribuir para a eliminação da violência contra a mulher, a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) apoia seu Coletivo de Mulheres e as ações da Diretoria da Mulher. Tivemos, em nossa organização, um marco histórico incluindo em nossas instâncias estatutárias a organização das mulheres engenheiras com a produção de campanhas anuais de combate à violência contra a mulher.
Vivemos, atualmente, em uma sociedade que está contaminada por discursos de ódio às mulheres, eliminando, inclusive, políticas públicas fundamentais. O combate à violência contra as mulheres é responsabilidade coletiva e individual de todos nós. Precisamos construir ambientes seguros para as mulheres e um país que esteja comprometido com valores democráticos de justiça social, igualdade e solidariedade.
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros