O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Espírito Santo (Senge-ES) instituiu seu Coletivo de Mulheres em 2016. Esta efetivação objetiva dar visibilidade às questões de gênero implicadas no mundo do trabalho e na sociedade, além de incentivar a ocupação dos espaços por mulheres.
A iniciativa veio sistematizar as ações pela igualdade de gênero e protagonismo na vida e no mercado de trabalho já sendo realizadas e apoiadas pelo Senge-ES. Além de organizar eventos para discutir o assédio moral, o Sindicato aderiu ao movimento mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) pela igualdade de direitos e oportunidades de homens e mulheres intitulado #ElesPorElas, bem como apóia o Fórum Capixaba de Mulheres da Área Tecnológica, que reúne Conselhos e entidades de todo Espírito Santo.
Reunião nacional
Engenheira florestal Danielly Marry (terceira da esquerda para direita de pé), representou o Coletivo de Mulheres do Senge-ES na reunião do Coletivo de Mulheres da Fisenge.
Além disso, o Senge-ES participou, juntamente com outros sindicatos de 11 estados, da reunião do Coletivo de Mulheres da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros). O evento foi realizado no 18 e 19 de outubro na sede da Federação (Rio de Janeiro). Na ocasião, engenheiras relataram as atividades em seus estados. Também em pauta o planejamento e campanhas nacionais, entre elas o combate ao feminicídio.
A engenheira florestal Danielly Marry representou o Coletivo de Mulheres do Senge-ES na reunião nacional e destacou a importância da união e diálogo dos Coletivos de todo Brasil. “Vivemos um momento de compartilhamento e troca de experiências em prol da igualdade de gênero. Isso nos motiva e encoraja a continuar o trabalho no coletivo do Espírito Santo”, disse. “Conclamamos engenheiras para nos encorajarmos e ocuparmos nossos lugares de poder e nos espaços de decisão e liderança, complementou.
A instituição de Coletivos de Mulheres nos Estados é primordial na capilaridade das ações de igualdade de gênero já consolidadas na Federação Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), que iniciou a efetivação de sua Diretoria da Mulher ainda em 2005. A diretora da mulher da Fisenge, Simone Baía, destaca a importância das ações locais nas lutas das mulheres trabalhadoras.
“Desde que iniciamos o Coletivo de Mulheres e a Diretoria da Mulher da Fisenge, percebemos que os sindicatos incorporaram mulheres em suas respectivas organizações, além de incluírem nos estatutos instâncias dedicadas ao debate de gênero. Estas questões são percebidas pela criação da Diretoria da Mulher e também na criação de Coletivos de Mulheres dentro dos sindicatos” contou Simone.
Mais diálogo e participação
O presidente do Senge-ES, engenheiro eletricista Ary Medina, explica que o objetivo é ampliar a participação das profissionais nas atividades sindicais, bem como nas mesas de negociação. O intuito é pautar cada vez mais questões de gênero nos Acordos Coletivos celebrados e, sobretudo, contribuir e atuar junto das lutas das mulheres trabalhadoras.
“Temos que atuar pelo respeito às identidades e ao pertencimento. É fundamental que os sindicatos incluam em suas atividades e estatutos instâncias específicas que ampliem o diálogo sobre os direitos das mulheres e acelerem os progressos para alcançarmos a igualdade de gênero”, conclui o presidente do Senge-ES.
Fonte: Senge-ES com informações de Camila Marins/Fisenge