O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) divulgou uma radiografia e uma análise sobre a composição do Congresso Nacional, em janeiro deste ano. No documento, é possível encontrar o tamanho da bancada dos partidos, a situação dos parlamentares e as profissões dos mesmos. Hoje, a Câmara possui mais de 80% dos seus parlamentares com nível superior completo, dentre eles, 11 são formados em engenharia. Na análise, constata-se que o Congresso Nacional, em 2018, obteve a maior renovação de parlamentares desde 1990, em conjunto com uma fragmentação partidária. Observou-se, também, que as bancadas informais continuam influentes no parlamento. Confira outros dados:
Câmara
• Circulação de poder: das 513 vagas na Câmara, 372 já exerceram mandato ou função pública;
• 269 irão cumprir seu primeiro mandato na Câmara;
• 141 estreantes se elegeram em função da relação de parentesco com políticos tradicionais, lideranças evangélicas, policiais linha dura ou celebridades;
• Cláusula de barreira: 9 dos 35 partidos com registro no TSE não atingiram as regras. 21 dos 30 que elegeram parlamentares atingiram a cláusula de barreira;
• Os eleitos possuem média de idade de 49 anos; estão entre 2º a 3º mandatos consecutivos; 77 são mulheres e 436 homens; e 27 foram eleitos com os votos próprios, portanto, alcançaram o quociente eleitoral;
• PT, PSL e PP passam a ser, respectivamente, as maiores bancadas com 56, 52 e 37;
• O partido que mais perdeu cadeiras foi o MDB, que caiu de 66 em 2014 para 34 eleitos em 2018;
• Partidos de direita aumentam, esquerda mantém e de centro reduzem;
• Os partidos que mais cresceram, pela direita, foram o PSL, que passou de 8 para 52, e o PRB, que subiu de 21 para 30 e, pela esquerda, o PSol, que passou de seis para 10, e o PSB, que passou de 26 para 32;
• Todos os partidos de centro e centro-direita, com exceção do PRB, perderam cadeiras na eleição;
Senado
• Das 54 vagas em disputa, apenas oito foram preenchidas por candidatos à reeleição, sendo as demais 46 ocupadas por outros candidatos;
• Dos 54, apenas 32 tentaram a reeleição e destes somente oito renovaram seus mandatos;
• Dos 46 novos, pelo menos 40 nunca foram senadores e nove nunca ocuparam cargos públicos, nem eleitos nem nomeados para função de confiança;
• A renovação no Senado, em relação às vagas em disputa, foi 85%.
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*Com informações de DIAP