Reunião com sindicatos debateu banco de horas e segurança do trabalho.
Primeira rodada de negociações discutir a participação nos lucros. Foto: Manoel Ramires
Os sindicatos que representam os trabalhadores da Copel e Copel Telecom se reuniram com a direção da empresa para debater o PLR, banco de horas e segurança do trabalho. A discussão contou com a participação do vice-presidente do Senge-PR, Leandro José Grassmann. Uma nova rodada de negociações está agendada para o próximo dia 16 de maio.
A Copel apresentou os dados referentes aos resultados dos indicadores de 2018, que definiram o montante a ser pago a título de PLR. Em balanço apresentado na reunião, foi informado que a Copel obteve lucro bilionário. Houve geração de caixa de R$ 3,14 bilhões em 2018. Em 2017 a geração de caixa foi de R$ 2,8 bi. O lucro líquido chegou a R$ 1,4 bilhão. Isso resultou em R$ 87 milhões pagos na divisão dos lucros, sendo R$ 10,5 mil por pessoa. Esse valor representa 25% da divisão dos lucros do valor pago aos acionistas, que é o máximo permitido pela lei. Em 2017, o valor tinha sido de R$ 7,8 mil.
Em relação a Copel Telecom, o lucro caiu de R$ 134 milhões em 2017 para R$ 110 milhões em 2018. O que representa uma queda de 18%. A redução no lucro se deve principalmente a desativação de clientes. Já a Compagas teve lucro de 235 milhões em 2017 contra 96 milhões em 2018.O lucro de 2017 se deve a uma situação atípica em função de um contrato com a Petrobras. Já o valor de 2018 está dentro da média histórica. Os dados são públicos e estão no site da Copel.
Diante desses números, a proposta para 2019/2020 é manter os indicadores do acordo coletivo de trabalho, ajustando apenas as metas. Modelo que é bem recebido pelos sindicatos diante da possibilidade de a empresa seguir crescendo. As metas devem ser apresentadas na reunião do dia 16 de maio.
Balanço mostra distribuição dos lucros
Banco de horas
Não houve acordo entre as entidades a respeito do banco de horas e o assunto será retomado na próxima reunião. O primeiro encontro debateu o modelo sugerido pela empresa. Os sindicatos apresentaram suas ponderações e contra argumentaram. Os principais questionamentos abordam a periodicidade em que o banco de horas será “zerado”, teto a ser incluído no modelo, proporcionalidade das horas a serem incluídas e condições de compensação. A Copel tomou conhecimento das sugestões e no dia 16 de maio retoma o debate.
Segurança do trabalho
Foi feita apresentação com relação a segurança do trabalho e saúde do trabalhador. Dos 7611 empregados, 1655 desempenham atividades relacionadas à segurança do trabalho, sendo 638 nas Cipas e 697 em brigadas de incêndio.
Com relação a saúde do trabalhador, em 2018 foram apresentados 13234 atestados. Desses, 17% tratam de doenças respiratórias e 14% doenças osteomuscular (1980 atestados).