Engenheira conta como é se destacar em um ambiente com predominância masculina
No universo das engenharias, a predominância ainda é masculina, tanto que de 1 milhão e 300 mil profissionais registrados no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), apenas 16% são mulheres, mas isso está mudando. As mulheres vem conquistando cada vez mais seu espaço e assumindo lideranças em diversas áreas, entre elas nas áreas de ciências exatas. No mês das mulheres, o Crea-BA entrevistou a engenheira civil, Diana Paes, idealizadora da empresa Green Edifica Consultoria em Construções Sustentáveis, que conta com 100% do seu quadro de funcionários feminino.
O que te motivou a escolher engenharia civil?
Diana Paes – Sempre gostei da engenharia, nunca duvidei que esse era o caminho que eu queria para minha vida. Amo construções, soluções técnicas e essa paixão me levou para engenharia civil. Além de ter meu pai, que é engenheiro civil, e minha madrinha que é arquiteta, como inspiração.
Como é seu dia a dia como engenheira?
Diana Paes – Liderei muitos engenheiros e já vivi a rotina exaustiva de grandes construtoras, mas desde agosto de 2017, quando decidi empreender, isso mudou bastante. Os desafios são diários, ainda visito obras, mas a satisfação de trabalhar no que eu gosto não tem preço. Realizar esse sonho que é transformar as construções civis em mais sustentáveis me motiva todos os dias. E hoje tenho uma rotina mais tranquila, apesar de trabalhar em período integral.
Como é exercer o papel de liderança?
Diana Paes – Levo com muita tranquilidade. Na produção, dentro da obra, é mais desafiador do que em áreas técnicas. A gente percebe que algumas pessoas não acreditam que você vai dar conta, mas com trabalho você mostra seu potencial e quebra as barreiras.
O que é ser mulher na engenharia?
Diana Paes – É uma conquista diária, mas é muito satisfatório. O que mais me fascina é ver estudantes me tendo como referência, como exemplo. Vendo uma mulher se destacando na engenharia, elas acreditam que podem chegar mais longe, apesar de toda concorrência. Fui a única presidente da Empresa Júnior da UFBA e quero que isso mude, quero ver mais meninas ocupando esse cargo.
Paes motiva as mulheres e destaca o quanto a mulher é um diferencial na engenharia. “Enquanto muitos vêm o cenário masculino da engenharia como uma barreira, vejo como um desafio, e um diferencial que nós mulheres temos, por ter maior sensibilidade e habilidade de ser multitarefa”. A engenheira também falou do quanto a diversidade agrega no trabalho. “ Diversidade nas equipes amplia o leque de visão e traz mais criatividade para solução de problema, que é fundamental na área”. Afirmou Paes.
Fonte: Ascom Crea-BA / Bruna Valente