Entre outros conteúdos, a edição traz uma retrospectiva da atuação do sindicato nos últimos três anos, e a projeção e os planos para o próximo triênio.
A 8ª edição do Jornal do Engenheiro é de memória da gestão do Senge 2014/2017, e também de projeção do futuro a partir da nova diretoria – 2017/2020. Entre outros conteúdos, a edição traz uma retrospectiva da atuação do sindicato nos últimos três anos, com as principais ações, debates e lutas. A linha do tempo relembra, mês a mês, cursos, palestras, mobilizações, publicações desenvolvidas pela entidade ao longo dos três anos, a partir da diretoria estadual e das direções regionais. Leia da página 4 a 7.
Já o olhar para o próximo triênio está apresentado das páginas 8 a 11, a partir do registro das posses estadual e regionais. Estão registradas ali os principais planos e desafios da gestão iniciada em junho, nas palavras do presidente do Senge-PR e dos diretores e diretoras-gerais de cada umas das sete regionais.
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Editorial
A nova edição do Jornal do Engenheiro traz um resgate das nossas principais ações e dos fatos mais relevantes para a luta dos trabalhadores nos últimos três anos. Junto ao breve balanço da última gestão da diretoria do Senge, o jornal apresenta os principais desafios vislumbrados pela recém-empossada Diretoria Estadual e pelas Direções Regionais. Em meio a conquistas e avanços da nossa categoria, a conjuntura do Brasil e do Paraná no último período está marcada por retrocessos.
Avança o sucateamento e a privatização de setores estratégicos para a engenharia e para a sociedade em geral. Cai a renda, as oportunidades de emprego – inclusive no campo da engenharia -, e as condições de vida de maneira geral, em decorrência da crise econômica. Agoniza o sistema democrático, com a permanência de um governo e de uma maioria parlamentar que atua em causa própria, atendendo a interesses privados, alheios à vontade da população, que já não se sente mais representada. Não à toa, a popularidade do governo Michel Temer está em 7%. É o menor índice em 28 anos, conforme dados do Datafolha, do final de junho. Ainda de acordo com a pesquisa, 65% prefere a renúncia do peemedebista.
Para além do conteúdo do programa aplicado por Michel Temer, a forma de governar e de fazer política escancaram o uso de armas espúrias. São manobras, trocas de favores, violência contra manifestações, cargos, corrupção. São inúmeras as perdas de direitos trabalhistas e sociais. No entanto, a recém-aprovada reforma trabalhista é o símbolo máximo de todas elas. Com único Projeto de Lei, ela torna a CLT conteúdo morto e joga os brasileiros em relações trabalhistas do século passado.
Mas recuperar o que foram aqueles 36 meses também serve para refrescar a memória para as ações realizadas pelo sindicato Estadual e pelas Regionais, ao lado da categoria. E foram centenas! Todas voltadas para a ampliação dos direitos dos engenheiros e engenheiras, para superação de desigualdades, pelo fortalecimento da democracia e pelo desenvolvimento com foco no interesse público – em especial no que tange a atuação no campo da engenharia.
Para a nova gestão iniciada em junho, os desafios colocados são ainda maiores. Sem dúvida, os próximos três anos estão entre os mais desafiadores do período pós-redemocratização do Brasil, se considerarmos a aplicação prática dos retrocessos já aprovados. E ainda é iminente o risco de aprovação da reforma da Previdência, considerada a pior das medidas da coalizão que está à frente do Executivo e do Legislativo.
Os posicionamentos expressados pelas Direções Regionais no momento das posses confirmam que a caminhada conjunta entre a direção Estadual e diretorias Regionais segue com clareza da conjuntura adversa que o Brasil atravessa, e com coesão na defesa da engenharia, por nenhum direito a menos, e na defesa da soberania nacional.
Por Carlos Bittencourt, presidente do Senge-PR