“Resistir é fundamental, necessidade imediata. Mas temos que discutir novas alternativas que levem em conta essa realidade imposta”, alertou a deputada federal Jô Moraes, no III Simpósio SOS Brasil Soberano, no dia 8/6, em Belo Horizonte. A deputada chamou atenção para a necessidade de, além de resistir e negar, discutir alternativas à política previdenciária diante dos novos dados demográficos, sem esquecer, ressalta, a permanência da inclusão como forma de proteção social.
A deputada defende que os benefícios previdenciários são ferramentas de construção da cidadania, e é fundamental uma readequação, diante do novo momento, com aumento significativo da expectativa de vida do brasileiro. “Viver mais é uma conquista. Não é ônus. Significa o desenvolvimento tecnológico, mudança de hábitos, melhoria de qualidade de vida. Foram grandes conquistas do cuidado com a vida e de novas políticas”.
Para Jô Moraes, o debate em torno da reforma da Previdência Social é a principal arma para derrotar Temer e retomar a democracia, uma vez que é ele que tem mobilizado todas as classes sociais. “Para dialogar com o povo e mobilizar a rua, a reforma da previdência tem tocado e mobilizado mais”. Ela enfatiza a necessidade de ir às ruas, como forma de barrar a reforma e fortalecer a luta pela democracia.
“Toda vez que os setores progressistas chegam ao poder, as elites com apoio externo e internacional tentam golpear”, a deputada destaca que existiram vários erros nos últimos governos, mas defende que não foram esses erros responsáveis pela atual situação vivenciada. “Não foi pelos nossos erros, foram pelas conquistas democráticas e sociais. Com apoio do capital financeiro estrangeiro, esse golpe foi dado contra os gastos sociais. Uma ruptura democrática a partir do consórcio jurídico midiático”, afirma Jô Moraes.
Diretas Já
“Nós temos que apontar para sociedade uma perspectiva política para além e mostrar para o povo que o caminho é o seu voto. Precisamos valorizar a soberania do voto popular”.
Fonte: Marine Moraes (Senge-PE)