Aconteceu, no dias 20 e 21 de outubro de 2016, a Semana Acadêmica da Agronomia (SEMEAGRO), organizada pelo Instituto Federal Catarinense – campus Concórdia. O evento fez parte das comemorações do dia do Engenheiro Agrônomo, na semana da Agronomia do Alto Uruguai Catarinense. O objetivo foi marcar a passagem desta data, promovendo a difusão técnico-científica de temas correlatos à ciências agrárias, contribuindo para qualificação dos profissionais e acadêmicos no enfrentamento dos desafios da profissão.
A programação contou com a realização de palestras, mesa redonda e minicursos que aprimoraram entendimentos e estimularam reflexões entre profissionais, estudantes e representantes de entidades da categoria. Na mesa redonda “Os desafios do exercício profissional do engenheiro agrônomo: diferentes visões”, a engenheira agrônoma da Epagri de Blumenau e Diretora de Formação Sindical e Aperfeiçoamento Profissional do Seagro, Adriana Padilha, falou sobre as oportunidades e dificuldades enfrentadas pelas engenheiras agrônomas ao longo de sua carreira. Os acadêmicos e profissionais presentes foram convidados à refletir sobre questões como a construção filosófica do conhecimento, que desprezava e marginalizava a inteligência da mulher, a hegemonia masculina em algumas profissões e as diferentes oportunidades de acesso e de evolução das carreiras. Foi apresentado aos participantes, os números que mostram a evolução da participação feminina nas engenharias e, de maneira especial, dentro da Agronomia. Em Santa Catarina, a maioria dos cursos de Agronomia já conta com uma expressiva participação feminina entre os matriculados. Ao longo do tempo, isso deve refletir também em um aumento no número de profissionais registradas no CREA, que ainda está bem abaixo dos homens. Ressaltou-se que as barreiras só serão totalmente superadas com o engajamento de todos na luta pela igualdade de gênero dentro dos seus ambientes profissionais, com a ocupação de espaços de poder pelas mulheres e o comprometimento com a qualidade do trabalho desenvolvido. Competência não é uma questão de gênero, como mostra o trabalho destacado que diversas engenheiras agrônomas e outras profissionais vêm realizando em seus espaços de atuação.
Fonte: Seagro-SC