NOTA DE REPÚDIO
É com muita preocupação que recebemos a notícia da detenção de quatro dirigentes sindicais na tarde desta terça-feira (05) no centro do Rio de Janeiro. Os dirigentes compunham um piquete na porta da Eletrobrás no momento da ação. A reivindicação legítima era contra as decisões arbitrárias de mudanças de data base das categorias para outubro, acarretando perdas financeiras para os trabalhadores.
A ação feita pelo diretor administrativo golpista, Alexandre Aniz, de acionar as forças policiais contra representantes dos trabalhadores reflete como o governo interino pretende seguir suas políticas e sua relação com a classe trabalhadora.
Por decisão democrática em assembleia, os trabalhadores do setor eletricitário decidiram a greve de 72 horas, que havia se iniciado ontem e foi interrompida arbitrariamente com o uso da força e os aparatos repressivos do Estado.
Neste momento Dejalmar Pinho (Sindicato dos Administradores), Eduardo Ferreira (AEEL), Emanuel Mendes (Sintergia) e Sidney Pascotto (Sindicato dos Economistas) se encontram na 5ª DP sob a assistência de advogados.
Acompanharemos de perto o desenrolar dos fatos e não aceitaremos a criminalização da prática sindical e seus representantes, prestando assistência e apoiando as lutas da classe trabalhadora e a manutenção das práticas democráticas.
Rio de Janeiro, 5 de julho de 2016
Central Única dos Trabalhadores no Rio de Janeiro
Atualização da Fisenge: os sindicalistas foram liberados no final da tarde do mesmo dia.
Fonte: CUT
(Foto: CUT/RJ)