Relatos e ideias devem subsidiar propostas
São Paulo – “A sociedade é machista e, desde pequenas, as mulheres são instadas a cumprir papéis secundários e de subserviência. E esta desvalorização acaba comprometendo toda a vida destas mulheres”, afirmou a advogada Beatriz da Rosa Vasconcelos, da Thêmis (Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero), durante atividade no Fórum Social Temático, realizado em Porto Alegre. “Essa violência é praticada pelo simples fato de a pessoa ter nascido mulher”, argumentou Junéia Batista, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT e coordenadora do evento.
A violência contra mulheres no local de trabalho, de acordo com Junéia, se manifesta de diversas formas, entre as quais a remuneração diferenciada entre os gêneros (mulheres recebem cerca de 30% menos do que homens), contagem de tempo de ida ao banheiro e preconceito, como idade e número de filhos como fator preponderante para a contratação ou não de mulheres.
Os relatos, experiências e ideias apresentados durante a atividade devem servir de subsídio para a criação de propostas de combate a situações de violência em todos os ambientes, além do local de trabalho. “Os sindicatos têm obrigação de serem parceiros na luta contra a violência e a discriminação contra as mulheres nos locais de trabalho, denunciando e combatendo os casos de assédio moral e sexual”, afirmou a cutista.
Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre e Canoas
Fonte: Rede Brasil Atual