Nota oficial da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) sobre o pedido de impedimento contra a presidenta Dilma
A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) repudia a onda conservadora que acomete o Congresso Nacional, materializada na figura do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Nesse sentido, alertamos que o pedido de impedimento da presidenta Dilma Rousseff se configura como um ataque a tão recente e ainda frágil democracia brasileira. É preciso mobilização para barrar essa tentativa de golpe, uma verdadeira violação ao Estado de Direitos.
O país, após anos de ditadura civil-militar, segue construindo sua cultura política, ainda necessitando de muitos avanços. O processo de acolhimento do pedido de impedimento, sem a presença de fundamentação consistente, se caracteriza um desrespeito ao sufrágio realizado em 2014. Cunha, esse sim alvo de processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, ocupa um cargo público, mas tem usado de seu poder para benefício próprio. O Brasil não merece um clima de acusações e incertezas, mas sim mais saúde, educação, reforma agrária, direitos humanos, justiça e distribuição de renda.
Devemos nos levantar contra a atual crise econômica e política do país. A Fisenge está, como sempre ao longo de sua história, junto a outros sindicatos, organizações e movimentos sociais nas ruas para defender a democracia. Devemos juntar forças em favor de toda a população brasileira, a fim de promover um desenvolvimento justo e barrar ajustes fiscais que apenas prejudicam trabalhadores e trabalhadoras. #NãoVaiTerGolpe