Em rodada de negociação realizada, no dia 22/9, a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) apresentou contraproposta de reajuste sob os salários e benefícios de 5%. “A empresa segue oferecendo um reajuste muito abaixo da inflação para os trabalhadores. Não vemos sentido em ser chamados para negociar nestes patamares. A bancada laboral já havia dito na rodada anterior, quando a CPRM ofereceu 4,5%, que inflação não se discute, se repõe!”, disse o diretor de negociação coletiva da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Ulisses Kaniak.
Diante dessa contraproposta, considerada inaceitável pelos representantes dos trabalhadores, a bancada laboral apresentou a seguinte pauta mínima de reivindicações: reajuste pelo IPCA acumulado dos 12 meses anteriores a data-base de 1º julho e ganho real de 1% e sobre os benefícios; renovação de todas as cláusulas administrativas; aditamento do ACT para constar as decisões aprovadas na comissão paritária de controle de ponto e horário flexível; transparência em relação ao banco de permuta/transferência para os empregados candidatos; auxílio-creche/acompanhante com a prática anterior de comprovação de auxílio; manutenção da cláusula 16 da pauta, alterando a palavra filho por dependente; manutenção da cláusula 44 com a prática anterior em relação ao atestado de acompanhamento; manutenção da cláusula 73.
A direção da empresa solicitou 15 dias para análise da proposta e dar uma resposta final. Paralelamente, as entidades sindicais requereram ao Ministério do Trabalho que intervenha na negociação, antes que ela caminhe para um impasse. Assim, foi marcada reunião de mediação no próximo dia 7, quarta-feira, em Brasília, na sede daquele Ministério. “Como representantes dos empregados, temos que buscar todos os meios para conseguir um bom termo à negociação. É fundamental que os trabalhadores sigam mobilizados, pois o fortalecimento de uma empresa pública perpassa pela valorização dos profissionais”, afirmou Kaniak.