A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) em seu 10º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros, realizado em Búzios, estado do Rio de Janeiro, em agosto de 2014 reafirmou seu posicionamento contrário ao ensino à distância para cursos de graduação em engenharia, a não ser como ferramenta e metodologia complementar. As razões mais profundas para este posicionamento repousam no próprio entendimento da questão entre teoria e prática no aprendizado e na educação científica, em especial na engenharia que possui suas especificidades. A questão mais delicada é que o aprendizado da engenharia está indissoluvelmente ligado a uma prática que não é somente laboratorial e que o ensino à distância jamais poderá suprir. Os estudantes de engenharia devem ser formados e educados para adquirirem habilidades e competências (savoir faire) que, na nossa avaliação, têm suas formas específicas e que não podem ser supridas com um conjunto de informações transmitidas à distância. É necessário para o futuro engenheiro um conjunto de práticas orientadas para que ele obtenha essas habilidades.
Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2015
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge)