“É interessante ver como a vida dos brasileiros mudou em diferentes dimensões. É importante o mundo aprender como o Brasil alcançou esse resultado”, afirmou nesta quarta-feira (24) o novo diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser. Ele assume o cargo em agosto e ficou impressionado com os resultados da pobreza multidimensional no país, que teve redução de 86% entre 2004 e 2013.
Por Ubirajara Machado
Raiser foi apresentado à ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, pela atual diretora do Banco Mundial, Deborah Wetzel. Deborah, que trabalhou no Brasil durante três anos, ressaltou que o trabalho para a redução da pobreza no país foi intenso e com resultados importantes, como o fato de o país estar fora do Mapa Mundial da Fome.
Tereza Campello reforçou que a parceria entre Brasil e Banco Mundial é estratégica e fundamental para mostrar ao mundo as ações desenvolvidas no país. Ela destacou a plataforma virtual World Without Poverty – WWP (Mundo sem Pobreza), onde são explicadas as diversas inciativas desenvolvidas no país para a redução das desigualdades sociais, como o Cadastro Único e Bolsa Família. “Temos apenas dois anos na WWP, mas já avançamos muito. Esperamos que essas experiências possam servir de base para outros países, melhorando a cooperação.”
Na WWP são elaborados documentos e produzidos materiais multimídia sobre o desenho, a implementação e os instrumentos inovadores de gestão de diversos programas e ferramentas sociais. Ela possibilita o compartilhamento com o resto do mundo de lições extraídas da experiência brasileira. “Na plataforma trazemos muitas experiências interessantes sobre como reduzir a pobreza. E temos muitos países interessados nesses assuntos”, afirmou Deborah Wetzel.
Além disso, os expressivos avanços brasileiros na busca pela erradicação da pobreza extrema e a redução das desigualdades sociais têm despertado o interesse de vários outros países. Entre 2011 e 2014, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) recebeu 345 missões de 92 países. Desse total, 95% vieram de países em desenvolvimento. Todos buscando aprender com a experiência em política social do Brasil, incluindo lições sobre o que funcionou e a maneira como as soluções inovadoras do programa Bolsa Família e do Plano Brasil Sem Miséria foram colocadas em prática.
Fonte: MDS